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10/02/2017 10:48
Política
“Vereadores palmeirenses começam com “Pé esquerdo”, comenta Sérgio Passarinho
Ex-vereador disse ainda que a harmonia entre Prefeitura e Câmara será entendida quando Projetos forem encaminhados para a Casa de Leis para votação
/ Reprodução facebook
Roberta Sampaio

O ex-vereador por Palmeira dos Índios, Sérgio Passarinho, concedeu entrevista no final da tarde desta quinta-feira (09), ao Programa “Povo no Rádio”, comandado pelo radialista Djalma Lyma, na rádio Farol FM. Na oportunidade, o ex-vereador expressou sua opinião sobre temas políticos que envolvem o poder Executivo e o Legislativo palmeirense e alguns dos últimos acontecimentos relacionados ao atual governo municipal e a Câmara de Vereadores.

 


O portal F5 Alagoas teve acesso ao conteúdo da entrevista e publica abaixo. Confira:

 


Djalma Lyma – Há comentários de parte da população e também de alguns veículos de comunicação, de que já exista um certo desgaste de alguns dos vereadores. O motivo seria a divisão dos edis com os Grupos G6 e G9. Como você pode avaliar esse assunto, mesmo antes da realização da primeira sessão ordinária?.


Sérgio Passarinho - A expectativa e as cobranças são grandes. Os vereadores não podem se incomodar com as críticas, inclusive eu comentei em meu programa “Bastidores da Política”, que eles começaram com o Pé Esquerdo” com esse “Confinamento”. Em seguida, veio a eleição para presidente, onde eles não conseguiram realizar a eleição no primeiro momento devido à mudança da Lei Orgânica. Foi quando o prefeito de Palmeira dos Índios, resolveu ceder um voto que terminou por eleger a presidência e a mesa diretora. Mas eu sempre digo, inclusive no meu programa, que ainda não tem nada resolvido entre Câmara e Prefeitura. E sabemos inclusive de alguns desgastes desnecessários como, por exemplo, a reunião para debater a crise hídrica, onde comentou-se que alguns vereadores foram barrados na sede da prefeitura. Eu falei que não havia necessidade alguma para isso. Destaco que isso foi divulgado em alguns sites, mas eu não posso afirmar o que realmente aconteceu. Então, com isso, podemos interpretar que essa sintonia não está existindo entre Prefeitura e Câmara.

 


Djalma Lyma - Você acredita que o confinamento pode ser apontado com um dos motivos para que a Câmara comece, como vc mesmo falou, com o “Pé esquerdo”?.


Sérgio Passarinho - Na verdade essa prática é muito antiga e nunca mais ninguém tinha visto isso. Nem eu penso que haja necessidade para isso. Mas, foi uma decisão da maioria. Nós não aceitamos, porém, entendemos. E, se eles acreditaram que esse era o caminho, tudo bem. Mas, isso já passou. O “jogo” foi virado e eles conseguiram eleger a mesa.


Agora, é preciso identificar os posicionamentos, observar a harmonia entre os 15 vereadores. Na próxima quarta-feira (15), vai ficar bem mais fácil de nós entendermos quem estar oposição ou situação. Comenta-se que tudo isso é uma questão de apoio para que haja a governabilidade, pois nós sabemos também que os vereadores têm muitos compromissos, sendo as pessoas mais procuradas pela população até mesmo do que o próprio prefeito, e as condições são poucas. A verdade é essa.

 

 

Djalma Lyma – Então, você acredita que exista a harmonia entre os poderes dita por alguns dos vereadores ou haja alguma disputa de poder entre os edis?.


Sérgio Passarinho – Pelo que temos visto, não só eu como uma grande parte da população não acredita que essa comentada sintonia entre os Poderes não está existindo. Mas, que talvez possa acontecer. Não tenho como afirmar com convicção. Iremos observar isso a partir da próxima quarta, pois o Prefeito terá vários projetos do interesse da população. Então, quando esses projetos chegarem naquela Casa de Leis, nós poderemos observar como os vereadores irão se posicionar.

 


Djalma Lyma - Com a eleição da Mesa Diretora, alguns vereadores afirmam haver total união entre os edis, Contudo, até agora, só foram vistos juntos os que fazem parte do “G9” em visitas como, por exemplo, ao Hospital Santa Rita e a Barragem do Bálsamo. Você acredita, diante disso, que ainda possa existir uma divisão entre eles?.


Sérgio Passarinho – Bem, o que nós vemos é isso. Mas, digo que, até agora não entendi o sentido daquelas visitas. Não ficou esclarecedor qual foi o documento que foi elaborado, quais foram os préstimos que um ofereceu ao outro. Me refiro a forma documental, que nesse caso se difere de uma visita apenas de cortesia. E é bom lembrar que essas visitas foram feitas apenas pelos vereadores que faziam parte do “G 9” e restante não estava presente.


Os políticos têm que entender que seu papel é de fiscalizar. Nós, incluo agora também a imprensa, não criamos fatos. Eles é que dão oportunidade, deixando as coisas sem o devido esclarecimento e, então, temos que promover o que entendemos. Se não querem que seja dessa forma que deixem as coisas mais claras.


Sabemos que o trabalho junto ao poder executivo envolve apoios, entendimentos e até secretarias. Então, eu não sei como vai se desenrolar os acontecimentos. Mas os bastidores apontam isso, o “Povo no Rádio” apura isso, os sites de notícias apuram isso.

 


Djalma Lyma – Na sua opinião, pode ter havido algum jogo de interesses por cargos nessa possível divisão nos grupos?.


Sérgio Passarinho - Na verdade não é um jogo de interesses, é uma questão de governabilidade. Veja bem, para se ter um grupo é preciso ter condições de mantê-lo. Isso é normal no nosso País e em vários outros Países. E isso é natural. O que não pode é colocar essa questão como prioridade para um mandato.


Ora, se for nomeado um secretário (a) que seja parente de um vereador vai ficar claro que era isso mesmo. E eu não tenho nada contra. Agora, depois desse entendimento é preciso que se determine quem é oposição e quem será situação. Não sou contra nomeação de parente algum, mas desejo ver o trabalho de cada um nas suas respectivas secretarias e se o povo está satisfeito. Mas, caso não haja satisfação, espero que o prefeito tome suas providências.


Então, se há entendimentos de que se tem que acomodar grupos, se vai ser preciso nomear algum parente para uma secretaria, deixo claro que não sou eu que estou afirmando, nem parte da imprensa. É a situação que se encontra. E, se o prefeito resolver nomear alguém para acomodar o grupo político de “G9 ou G10 ou G6”, é porque as coisas estão realmente acontecendo como nós estamos divulgando. Então, vamos aguardar e acompanhar a primeira sessão que acontecerá na próxima quarta-feira (15).

 


Djalma Lyma - Quais suas considerações finais?

 

Sérgio Passarinho - Para finalizar que dizer apenas que, a imprensa não tem culpa de nada, ela ajuda e é considerada o 4 Poder, todo mundo sabe disso. Então, não adianta nenhum vereador se importar ou se chatear com o trabalho feito. Eles ganharam as eleições e hoje estão na “vitrine” e devem responder a todos com paciência e com calma porque esses são os ofícios da política. Se o vereador está no mandato ele deve satisfações. Nós precisamos estar na câmara acompanhando e eu acredito que os vereadores devem enxergar dessa forma pois, esse é o correto.


Acredito que a maioria da população deseja que, na próxima quarta-feira (15), os vereadores que se fizerem presentes à sessão, reconheçam as dificuldades e os desgastes que houveram em legislaturas passadas e promovam um trabalho mais satisfatório para a população.


Que eles pensem como vão se posicionar e que assumam isso até o final. Não adianta está com “um pé na frente e outro atrás”, tem que ser um posicionamento firme, sendo oposição ou situação. Iremos acompanhar os trabalhos da Casa de Leis e sabemos que só quem ganha é a população.

 

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