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O empresário Alexandre Accioly, amigo do senador Aécio Neves (PSDB-MG), iniciou conversas com procuradores da força-tarefa da Lava Jato visando um acordo de delação premiada.
As tratativas ainda estão no início, mas o foco dos relatos são acusações de corrupção e lavagem de dinheiro que envolveriam Aécio.
Accioly já foi citado na delação de Henrique Valladares, ex-diretor da área de energia da Odebrecht, que disse que a empresa baiana teria feito pagamento de propina a Aécio por meio de uma conta do empresário em Cingapura, no Sudeste Asiático.
"Então, [um dia] o Dimas [Toledo, ex-diretor de Furnas e homem de confiança de Aécio] me traz um papelzinho com o nome do Accioly. Eu sabia que era amigo do governador [Aécio]. Eu me recordo que é em Cingapura a conta", disse Valladares.
A suposta propina, segundo o delator, fazia parte de um acordo para compra de apoio do PSDB ao consórcio que a Odebrecht liderava no leilão para a construção das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, em Rondônia.
Segundo fontes ouvidas pela Folha, Accioly contratou um advogado exclusivamente para negociar a delação, já que Renato de Moraes, seu atual defensor, não atua em acordos de delação premiada.
Ele é dono da rede de academias BodyTech e padrinho de um dos filhos do senador tucano.
As informações são de reportagem de Wálter Nunes na Folha de S.Paulo.
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