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Às vésperas de viagem do presidente Michel Temer ao Japão, representantes do governo e do setor privado discutiram cooperação, comércio e investimentos em visita ao país asiático. Temer deve aproveitar o embarque para a Índia no próximo dia 13 para o encontro do Brics (que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e visitar os japoneses entre os dias 18 e 20.
Na programação preliminar do presidente estão reuniões com o imperador, o primeiro-ministro, empresários e investidores. Temer esperou se tornar presidente efetivo, no último dia 31 de agosto, para dar início a viagens internacionais. A primeira delas foi para a China, onde se encontrou com investidores estrangeiros e participou da Cúpula do G20 (grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo).
Semanas depois, ele compareceu à Assembleia-Geral das Nações Unidas, nos Estados Unidos, e também se reuniu com empresários estrangeiros. No início deste mês, esteve ainda na Argentina e no Paraguai e se reuniu com os mandatários dos dois países. Com a perspectiva da ida de Temer ao Japão, empresários brasileiros usaram a viagem na última semana como uma preparação.
Na última terça (4) a Confederação Nacional da Indústria (CNI), que levou cerca de 50 executivos a Tóquio, reuniu-se com sua congênere japonesa, a Keidanren. Os empresários adiantaram discussões sobre pautas do seu interesse, como um acordo para Compartilhamento de Exame de Patente entre Brasil e Japão. O objetivo seria evitar a duplicação de esforços dos dois países, promovendo a cooperação entre o Japan Patent Office e o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).
O passo inicial para um acordo foi dado na quinta-feira (6). Também em Tóquio, o secretário-executivo do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Fernando Furlan, assinou com o vice-ministro da Economia, Comércio e Indústria do Japão, Hirofumi Katase, um termo criando um grupo de trabalho a fim de estudar um projeto-piloto para a proposta. Atualmente, o Brasil já tem um projeto-piloto com os Estados Unidos.
A CNI defende ainda que o Brasil caminhe para um acordo comercial amplo com o Japão, e que, enquanto isso não ocorra, assine um Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI) com o país asiático. Este modelo de acordo estabelece regras para venda, compra e recebimento de investimentos, aumentando a segurança jurídica. Para a indústria, isso contribuiria para uma outra reivindicação do setor, que é a atração de recursos estrangeiros.
Os investimentos japoneses também estão na mira do governo. O secretário-executivo Fernando Furlan disse a empresários do setor automotivo que o Brasil vive um período de estabilidade política e que o governo vem tomando medidas para a atração de novos investimentos e retomada do crescimento. Durante a visita, ele reuniu-se com executivos da Nissan, Honda, Toyota e Mitsubishi.
Segundo informações do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, de janeiro a setembro deste ano, as exportações brasileiras para o Japão somaram US$ 3,5 bilhões. Enquanto a Ásia recebeu 34,2% do valor exportado pelo Brasil no período, aos japoneses coube 2,5%. Do lado das importações, os brasileiros compraram US$ 2,651 bilhões do Japão este ano, o equivalente a 2,6% do total importado, enquanto o continente asiático forneceu 31,3%.
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