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16/08/2016 15:30
Política
Esporte mundial perdeu um líder expressivo, diz Temer sobre morte de Havelange
João Havelange foi internado no Hospital Samaritano, em Botafogo, para tratar de uma pneumonia, no início de julho / Arquivo/Agência Brasil
Agência Brasil

O presidente interino Michel Temer lamentou hoje (16), em nota, a morte do ex-presidente da Federação Internacional de Futebol (Fifa) João Havelange. "O esporte mundial perdeu hoje um dos seus mais expressivos líderes”, disse. Havelange tinha 100 anos e estava internado no Rio de Janeiro desde o mês passado, para tratamento de pneumonia.

 

"João Havelange se dedicou com afinco ao desenvolvimento do esporte e, principalmente, do nosso futebol. Presto solidariedade aos familiares e amigos neste momento de pesar”, registrou Temer em nota.

 

Advogado e empresário, seu interesse pelos esportes começou ainda na infância. Aos 20 anos, competiu com a equipe de natação brasileira nas Olimpíadas de Berlim. Em 1952, participou dos Jogos de Helsinque, na Finlândia, como jogador de polo aquático.

 

Quatro anos depois, assumiu a presidência da extinta (CBD), que reunia 24 esportes, entre eles, o futebol. Durante 18 anos à frente da entidade, viu o Brasil ser tricampeão mundial de futebol ao vencer as Copas de 1958 (Suécia), 1962 (Chile) e 1970 (México).

 

Em 1974, foi eleito presidente da Fifa, o primeiro de um país fora da Europa a liderar a organização. Após sucessivas reeleições, permaneceu como o homem mais poderoso do futebol por 24 anos, período em que organizou seis Copas do Mundo e visitou mais de 180 países. À frente da Fifa, foi apontado como o responsável por várias transformações no futebol em todo o planeta.

 

Depois da Fifa, passou a dedicar-se a negócios empresariais e ao trabalho filantrópico. Desde 1963, integrava o Comitê Olímpico Internacional (COI) e era o mais antigo membro do órgão. Em 2011, renunciou em meio a ameaça do COI abrir uma investigação contra ele por suspeita de corrupção. Havelange justificou, na época, a saída por motivos de saúde. Fora do COI, ele conseguiu evitar punição e o processo foi arquivado.

 

Em 2012, depois de longa batalha jurídica, os documentos do processo suíço foram publicados e, neles, provou-se que Havelange havia "fraudado" a Fifa. Em 2013, ele renunciou ao cargo de presidente de honra da organização.

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