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O Ministério da Segurança Pública divulgou, nesta sexta-feira (13), a implementação do Boletim Nacional de Ocorrências para unificar e padronizar o registro de crimes em todo o país.
Segundo o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, a integração dos dados de todos os estados deve auxiliar nos serviços de investigação policial e de acesso às informações. Também deve contribuir com o serviço de inteligência, no combate ao crime organizado, e para a formulação de políticas públicas.
“Vai produzir um salto em termo de produtividade. Vai permitir, é um passo inicial, para a integração das nossas polícias que é fundamental no combate ao crime”, destacou Raul Jungmann.
O boletim faz parte do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais e sobre Drogas (Sinesp), que foi criado em 2012, mas, apenas em 2018, com a criação do Ministério da Segurança Pública, passou a ser obrigatório para todos os estados.
Aqueles estados que não aderirem ao sistema podem enfrentar punições, como não receber recursos do governo federal para a segurança pública.
“Se uma pessoa bateu o carro, ao mesmo tempo que ela registra o BO [boletim de ocorrência], ela já era liberada. Porque você não tinha informações sobre a pessoa. Quando você institui o boletim nacional, você vai ter informações de todo o país. Aí você pode descobrir que aquela pessoa que bateu o carro é o chefe de uma facção”, exemplificou o ministro Raul Jungmann.
Até o momento, segundo o Ministério da Segurança Pública, os estados de Sergipe, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Roraima, Rio Grande do Norte, Acre, Amapá, Maranhão, Piauí e Alagoas já utilizam o sistema.
Uma das principais dificuldades, segundo o ministério, é que muitos estados não estão integrados, nem mesmo internamente, ou seja, uma delegacia em um município não tem acesso aos dados de delegacias em outros municípios. Nestes casos, o ministério disse que vai repassar recursos federais para que a integração seja feita.
O ministro Raul Jungmann acredita que até 2019 todos os estados brasileiros já estarão 100% integrados.
Operações
Raul Jungmann também anunciou que, com a integração, operações de combate ao crime organizado, envolvendo todas as polícias, ocorrerão com mais frequência, a exemplo da Operação Luz da Infância, que combateu pedofilia em todo o país.
Segundo o ministro, já foi definido junto aos secretários de segurança pública dos estados um calendário de operações até o fim de 2019. A próxima deve ocorrer no mês que vem e terá como foco o combate ao feminicídio.
Fonte: G1
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