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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, considerou um "episódio chocante e deplorável" o atentado ocorrido ontem (28) ao candidato a prefeito de Itumbiara (GO) José Gomes da Rocha (PTB) e o vice-governador, José Eliton. O candidato morreu e o vice-governador foi baleado e está internado. Eles participavam de uma carreata do candidato à prefeitura.
"Deu a impressão realmente de um atentado e nós não temos, pelo menos nessa região, não tínhamos esse tipo de manifestação. As investigações estão sendo feitas, não se tem claro qual foi a motivação, qual foi o móvel, mas evidentemente parece estar associado a um contexto, ou uma atuação política", disse o ministro. "Isso certamente será devidamente esclarecido, mas realmente se trata de um episódio chocante e deplorável para todos os títulos", completou.
Mendes disse que aind anão foi indentificado o motivo do aumento da violência durante as campanhas para as eleições deste ano. No Rio de Janeiro, por exemplo, 16 candidatos foram assassinados no estado nesta campanha eleitoral. A Polícia Civil investiga a atuação de grupos paramilitares, como as milícias, e o tráfico de drogas.
"Estamos ainda carentes de explicação. No Rio de Janeiro, temos já aquela situação conflitada, a presença de milícias, a questão do crime organizado, narcotráfico. Estivemos duas vezes na Baixada Fluminense, conversamos com as autoridades, discutimos a presença das Forças Armadas e da Força Nacional lá, com o ministro Jungmann [da Defesa] e com o ministro Alexandre de Moraes [da Justiça] e o presidente do Tribunal Regional Eleitoral e estamos também acompanhando com muito atenção e pedindo cuidado e pedindo também que as investigações sejam as mais prontas possíveis nesses episódios inclusive nesse episódio lamentável ocorrido em Goiás".
O presidente do TSE lembrou que estão sendo atendidos os pedidos dos tribunais regionais e de governadores para a atuação de forças de segurança federais durante as eleições municipais. Segundo dados da Corte, até o momento foi autorizado a atuação dessas forças em 307 localidades em 12 estados.
Para o ministro, alguns casos de violência podem ter relação com questões eleitorais. "Aparentemente, sim, embora também as autoridades do Rio de Janeiro tenham dito que havia disputa e algumas atividades ligadas ao crime comum, ao crime ordinário na cidade do Rio de Janeiro, mas isso envolve sempre milícias, envolve narcotráfico e alguns candidatos que estão associados, o que traz uma outra preocupação, que é o crime organizado participando do processo eleitoral, isso realmente é algo delicado", disse.
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