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A Polícia Federal (PF) encerrou o núcleo de trabalho específico voltado para a Operação Lava Jato em Curitiba. Em nota, a direção-geral da PF confirmou que os investigadores passarão a integrar a Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas (Delecor). A mesma medida será aplicada ao grupo que tratava da Operação Carne Fraca. Segundo a PF, a mudança no grupo de trabalho segue o modelo adotado nas demais superintendências espalhadas pelo país.
A direção-geral da PF diz que os resultados alcançados com a prática são “altamente satisfatórios, como são exemplos as operações oriundas da Lava Jato deflagradas pelas unidades do Rio de Janeiro, Distrito Federal e São Paulo”.
A PF justifica que a decisão de acabar com o núcleo de Curitiba tem o objetivo de priorizar as investigações de maior potencial de dano ao erário. A direção-geral alega que a medida permitirá o “aumento do efetivo especializado no combate à corrupção e lavagem de dinheiro e facilita o intercâmbio de informações”.
O grupo da Lava Jato em Curitiba vinha sofrendo com reduções drásticas no orçamento e em seu efetivo. O jornal O Estado de S.Paulo publicou, em maio, que a verba destinada à PF caiu 44% durante o governo do presidente Michel Temer (PMDB).
A redução geral no orçamento da PF acarreta em diversas economias que prejudicam as megaoperações. Entre as reduções de custo, estão hospedagem de equipes e até combustível de viaturas utilizadas.
Até dezembro, a Operação Lava Jato – maior operação contra a corrupção da história brasileira – contava com nove delegados dedicados exclusivamente à condução das suas investigações. Atualmente, os os 180 inquéritos contra políticos, empresários e ex-diretores da Petrobras ficaram concentrados em apenas quatro profissionais.
Confira na íntegra a nota emitida pela direção-geral da PF:
Sobre o efetivo da Superintendência Regional no Paraná, a Polícia Federal informa:
1. Os grupos de trabalho dedicados às operações Lava Jato e Carne Fraca passam a integrar a Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas (DELECOR);
2. A medida visa priorizar ainda mais as investigações de maior potencial de dano ao erário, uma vez que permite o aumento do efetivo especializado no combate à corrupção e lavagem de dinheiro e facilita o intercâmbio de informações;
3. Também foi firmado o apoio de policiais da Superintendência do Espírito Santo, incluindo dois ex-integrantes da Operação Lava Jato;
4. O modelo é o mesmo adotado nas demais superintendências da PF com resultados altamente satisfatórios, como são exemplos as operações oriundas da Lava Jato deflagradas pelas unidades do Rio de Janeiro, Distrito Federal e São Paulo, entre outros;
5. O atual efetivo na Superintendência Regional no Paraná está adequado à demanda e será reforçado em caso de necessidade;
6. A Polícia Federal reafirma o compromisso público de combate à corrupção, disponibilizando toda a estrutura e logística possível para o bom desenvolvimento dos trabalhos e esclarecimento dos crimes investigados.
Fonte: mns.com
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