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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e o advogado Pierpaolo Bottini, que defende o empresário Joesley Batista, um dos sócios da J&F, controladora do frigorífico JBS, tiveram um encontro em um bar de Brasília, nesse sábado (9), segundo o site “O Antagonista”.
Um frequentador do local tirou uma foto do encontro, que aconteceu um dia após Janot pedir a prisão de Joesley Batista e Ricardo Saud, executivo da empresa. A prisão foi pedida depois da descoberta do áudio – aparentemente gravado por descuido – em que Joesley e Saud insinuam que esconderam dos investigadores, durante os depoimentos da delação premiada, crimes cometidos.
Na manhã deste domingo (10), o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão temporária (de cinco dias) de Joesley e Saud. Nesta tarde, ambos se apresentaram voluntariamente à Superintendência da Polícia Federal em São Paulo.
De acordo com o site, o cliente do bar contou que o procurador-geral e o advogado conversaram por mais de 20 minutos. Para não atrair atenção, ficaram em uma mesa de canto, ao lado de uma pilha de caixas de cerveja, e Janot permaneceu com os óculos escuros.
Em nota, Janot confirmou o encontro com o advogado, mas disse que trataram apenas de "amenidades" e nenhum assunto de "natureza profissional": "Acerca da nota publicada pelo site O Antagonista, a Procuradoria-Geral da República esclarece que o procurador-geral da República frequenta o local rotineiramente. Não foi tratado qualquer assunto de natureza profissional, apenas amenidades que a boa educação e cordialidade prezam entre duas pessoas que se conhecem por atuarem na área jurídica”.
O G1 indagou o advogado Bottini sobre o encontro, mas ele não respondeu a esse questionamento. Ao site "O Antagonista", Bottini afirmou que o encontro foi “casual” e que não chegaram a tratar de "temas jurídicos":
“Na minha última ida a Brasília, este fim de semana, cruzei casualmente com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, num local público e frequentado da capital. Por uma questão de gentileza, nos cumprimentamos e trocamos algumas palavras, de forma cordial. Não tratamos de qualquer questão outra ou afeita a temas jurídicos. Foi uma demonstração de que as diferenças no campo judicial não devem extrapolar para a ausência de cordialidade no plano das relações pessoais.”
Fonte: G1
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