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Diante da reação dos partidos políticos a terem que deixar com antecedência cargos importantes na Esplanada dos Ministérios, o presidente Michel Temer disse a aliados nesta quarta-feira que fará a reforma ministerial em "etapas ou fases". Temer disse que haverá mudanças em alguns ministérios agora, como na pasta de Cidades, já que o ministro Bruno Araújo (PSDB-PE) pediu exoneração. O vice-líder do governo na Câmara, deputado Beto Mansur (PRB-SP), esteve com Temer na visita à cidade de Itu e, ao GLOBO, confirmou a disposição de Temer de adotar a mudança por etapas. Os ministros-candidatos têm até abril para deixarem os cargos, pela legislação eleitoral, e a maioria não quer perder cargos e espaço ate lá.
Na segunda-feira, após a saída de Araújo, o governo avisou que retiraria todos os ministros políticos e candidatos até dezembro, o que surpreendeu as siglas da base, que criticaram o tamanho da mudança. Agora, Temer mudou o tom e deve partir para mudanças pontuais. Nas conversas, os aliados reiteraram que toda a briga dos partidos políticos é pela saída do ministro Antonio Imbassahy da articulação política. Resignado, Temer garantiu que vai tirar o amigo tucano daquela vaga.
Temer quer agora focar as negociações na reforma da Previdência. Beto Mansur viajou com Temer para São Paulo e disse que aprovar a reforma da Previdência é a "joia da coroa" dos próximos meses. O presidente fará as mudanças pontuais com o tamanho das bancadas e de seus votos na Previdência. Ele receberá um mapeamento completo no domingo, quando voltará a se reunir com Beto Mansur.
- A reforma ministerial será em etapas, ele não vai mexer em todo mundo, nos 17 ministérios agora. O presidente ressaltou que o governo está dando certo, que a equipe está dando certo e que vai mexer pontualmente - disse Beto Mansur.
Segundo outros interlocutores do Planalto, Temer não falará em recuo. Ele deixará a responsabilidade pelas declarações sobre a amplitude da reforma com os ministros Moreira Franco (Secretaria Geral) e Eliseu Padilha (Casa Civil) e o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). Nesta terça-feira, Padilha disse ao GLOBO que a troca seria completa até dezembro.
Desde ontem, Temer percebeu a reação dos partidos. O líder do DEM na Câmara, deputado Efraim Filho (PB), reforçou o coro das críticas na noite de terça-feira, ao dizer ao GLOBO que a estratégia de atingir a todos agora era errada. Além disso, Temer quer preservar nomes como de Henrique Meirelles, condutor da Fazenda e dos resultados positivos na economia. Quanto a Imbassahy, trata-se de um problema pessoal para Temer, uma vez que eles são amigos.
- Eu sei que não dá para (ele) ficar - disse o presidente a um frequente interlocutor.
Já o ministro Aloysio Nunes Ferreira tem o apoio de Temer para ficar no Itamaraty, apesar dos problemas no PSDB.O Ministério das Cidades é o principal alvo da cobiça dos partidos. O PP - que mais reclamou abertamente da troca geral e do comportamento de Imbassahy - quer o cargo e deixou isso claro. Temer avisou que nomeará alguém que não será candidato em 2018.
O presidente está atento às reclamações constantes do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), que ontem avisou que pode até não pautar a nova Medida Provisória regulamentando a reforma trabalhista. Maia queria um projeto de lei e não uma MP sobre o tema. Mas, no caso da Previdência, o Planalto sabe que Maia é seu principal defensor.
Fonte: oglobo.com
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