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O presidente Michel Temer afirmou nesta terça-feira (11) durante evento no Palácio do Planalto que a denúncia contra ele, oferecida pela Procuradoria Geral da República e em análise na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, é uma "injustiça que se faz com o Brasil".
Temer deu a declaração durante a cerimônia de sanção da lei que prevê novas regras para a regularização fundiária.
Nesta segunda (10), o relator da denúncia, deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ), recomendou o prosseguimento do processo. Enquanto parlamentares da oposição o aplaudiram, aliados do Planalto o criticaram e manifestaram apoio a Temer.
"E para dizer que eu não falei de flores [no evento], eu quero agradecer enormemente àqueles que, no dia de ontem [segunda], usaram da sua palavra, da sua emoção e da sua indignação contra o que ouviram na comissão, que ontem estabeleceu uma fórmula que será examinada ao final pelo plenário da Câmara dos Deputados", afirmou o presidente, acrescentando:
"Queria agradecer a eles [aliados na CCJ] porque eles reveleram idnignação com a injsutiça, não só injustiça com o fato em si, mas injustiça com o que se faz com o Brasil. Os que querem imepdir que continuemos são aqueles que querem paralisar o país, de modo que não vamos admitir isso, não vamos tolerar e vamos em frente".
'A caravana passa'
Também no evento desta terça, o presidente ressaltou algumas medidas do governo e afirmou que "enquanto alguns protestam, a caravana passa".
"Estou falando de um governo de um ano e um mês que tem sido vítima, muitas vezes, das mais variadas contestações – naturais no sistema democrático. Mas o que é importante é que enquanto alguns protestam, a caravana passa. E a caravana está passando", declarou o presidente no evento.
A denúncia da PGR
Com base nas delações de executivos do grupo J&F, que controla a JBS, Temer foi denunciado pelo procurador-geral, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal pelo crime de corrupção passiva.
A denúncia foi encaminhada à Câmara, a quem cabe autorizar o STF a analisar a peça do Ministério Público.
Primeiro, a denúncia tem de ser analisada na CCJ e, independentemente do resultado, seguirá para plenário.
O relatório de Zveiter deverá ser discutido a partir desta quarta (12) para, então, ser votado pela CCJ. Em seguida, o parecer será analisado pelo plenário.
Se 342 deputados votarem em plenário a favor do prosseguimento, a denúncia vai ao Supremo. Se a maioria dos ministros da Corte aceitar a denúncia, Temer, então, se tornará réu e será afastado do mandato por até 180 dias.
Fonte: G1
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