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30/09/2017 19:54
Política
Temer entra em campo para garantir tucano na relatoria da denúncia

Diante da pressão de parte do PSDB, o presidente Michel Temer entrou em cena para garantir que o deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) permaneça como relator da denúncia contra ele na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.

 

 

Segundo o blog apurou, a situação da relatoria da denúncia foi um dos principais temas das conversas entre Temer e advogados nesta sexta-feira, em São Paulo. Bonifácio é do grupo do senador afastado Aecio Neves (PSDB-MG), principal interlocutor de Temer no PSDB, e não participou da votação na CCJ da primeira denúncia contra Temer, mas foi a favor de arquivar o pedido de investigação contra o presidente no plenário.

 

 

Preocupado com o ambiente na Câmara, o presidente quer garantir um relatório favorável já na primeira discussão na CCJ, evitando um relatório paralelo, como ocorreu na primeira denúncia contra ele.

 

 

Motivo: segundo assessores do presidente, Temer avalia que tem pouca margem para pedir a aliados que enfrentem um desgaste duplo ao enterrarem um relatório favorável à denúncia e, em seguida, votarem favoravelmente a ele em um segundo relatório.

 

 

Para evitar o que ocorreu na primeira denúncia, por corrupção passiva, Temer pediu a auxiliares que fizessem a interlocução com tucanos aliados para manter um relator simpático ao presidente.

 

 

A escolha de Bonifácio, no entanto, rachou ainda mais o PSDB. A ala ligada ao senador Tasso Jereissati (CE), presidente interino da legenda, pressiona para que o deputado deixe a relatoria. E critica a escolha feita pelo presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG).

 

 

Sobre as críticas, o presidente da CCJ disse ao blog neste sábado (30) que não vai trocar Bonifácio – a não ser que ele queira sair. “A escolha foi feita, técnica, e eu não abro mão da permanência dele. Salvo se ele não quiser. Se depender de mim, está mantida”, ressaltou Pacheco.

 

 

Ele confirmou que foi procurado pelo PSDB para não indicar Bonifácio, mas que não era obrigado a aceitar. “Não aceitei do PMDB na primeira denúncia também. Não quis desrespeitar o PSDB, mas é a minha escolha. Ele é advogado e é jurista”, afirmou.

 

O líder do PSDB na Câmara, Ricardo Tripoli (SP), quer resolver o imbróglio envolvendo a relatoria até a próxima terça (3) – quando a bancada vai se reunir. No encontro, advogados da liderança farão uma exposição técnica sobre a denúncia.

 

 

Fonte: G1

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