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Maria do Livramento Araújo, de 59 anos, chegou ao Hospital Geral do Estado (HGE) no último dia 16 com o histórico de dois aneurismas cerebrais. Ela foi rapidamente atendida pelo cirurgião-geral de plantão na área vermelha, avaliada por um cirurgião vascular, que solicitou uma série de exames e confirmou-se a suspeita de outro aneurisma. Agora na aorta abdominal. Após a cirurgia, ela está em recuperação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em situação estabilizada.
Mas nada disso aconteceria se o HGE não contasse com uma equipe de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e outros tantos profissionais preparados e equipados para melhor atender os pacientes que chegam de praticamente todos os municípios alagoanos e necessitam do serviço do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Ela [Maria do Livramento] tem uma patologia de alta complexidade e já sofria com a doença há mais de seis anos. Foi quando ela começou a sentir dores abdominais intensas, que as levaram à unidade de saúde mais próxima de sua residência. Transferida ao HGE, realizamos diversos exames, como: tomografia, ultrassom e cardiológicos. Estes confirmaram o aneurisma e nos auxiliaram para o preparo do procedimento cirúrgico”, explicou o cirurgião vascular Cézar Ronaldo Alves.
No HGE, Maria do Livramento foi submetida a um implante endovascular de prótese de aorta abdominal, uma nova forma de tratamento do aneurisma de aorta abdominal que é menos invasiva que a cirurgia aberta. Agora se abre a pele em dois cortes na virilha.
“Nós inserimos uma prótese na parede da aorta para impedir que a área lesionada se rompa. Se não fizéssemos isso, a doente teria o maior vaso sanguíneo de seu corpo enfraquecido, o que pode gerar um problema de saúde potencialmente grave, que pode ser fatal se o aneurisma romper, pois causaria um sangramento interno maciço”, disse o cirurgião vascular.
Estatística
Até julho deste ano, a unidade vascular do HGE já admitiu 1.843 pacientes que, como Maria do Livramento, recebeu o primeiro atendimento em outra unidade, em Maceió ou cidades do interior de Alagoas. O crescimento pode ser sentido no quantitativo de cirurgias vasculares por mês. Segundo o médico, enquanto durante todo o ano de 2015 foram realizados 3.769 procedimentos, até julho deste ano o valor já alcançou 2.365. “O que nos leva a crer que até dezembro possamos ultrapassar a marca das cinco mil cirurgias vasculares”, analisou Cézar Ronaldo.
Para o gerente do maior e mais completo hospital público de Alagoas, médico Rogério Barboza, o crescimento no número de alagoanos com problemas vasculares assistidos pelo HGE é consequência da melhoria na assistência e promoção do serviço.
“Se não existisse esse tipo de cirurgia, como todas as outras vasculares ofertadas, muita gente não teria o tratamento, o que obrigaria a essa parcela da população conviver com sua saúde debilitada, ou até não viver. Nossos esforços são para que nosso serviço alcance cada vez mais alagoanos, de forma digna, com qualidade e boa resolubilidade”, afirmou Rogério Barboza.
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