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Para assegurar a investigação adequada e em tempo oportuno dos óbitos fetais, maternos e infantis, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) reestruturou o Comitê Estadual de Vigilância do Óbito. O órgão vai atuar nos serviços de saúde públicos e privados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS) para investigar as causas das mortes notificadas.
O grupo intersetorial será composto por 15 membros, sendo representados pela Sesau, Maternidade Escola Santa Mônica (MESM), Hospital Universitário (HU), Associação Alagoana de Ginecologia e Obstetrícia, Sociedade Alagoana de Pediatria e Associação Brasileira de Enfermagem de Alagoas. Também irão compor comitê, integrantes do Conselho Regional de Medicina de Alagoas (Cremal), o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas (Cosems), Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, Conselho Estadual dos Direitos da Mulher e do Ministério Público de Alagoas (MP/AL).
Cristina Rocha, superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, ressaltou a importância do Comitê de Vigilância do Óbito. Isso porque, ele será uma instância para desenvolver estudos e evitar as causas de morte materna, fetal e infantil no Estado.
“A maioria das mortes é causada por fatores evitáveis e o comitê irá investigar todos os óbitos para identificar e compreender essas ocorrências, no intuito de adotar medidas voltadas à prevenção de eventos semelhantes. Para o êxito do trabalho, essas ações passam também pela participação dos municípios, que possuem um papel de extrema importância para garantir os serviços por meio da Atenção Primaria”, salientou Cristina Rocha.
A superintendente de Vigilância em Saúde ainda salientou que “todas essas ações são para evitar que haja a desestruturação de uma família com a morte de uma mãe e garantir que uma vida se desenvolva”, enfatizou.
De acordo com Graziela Pontes, responsável técnica do grupo técnico assessor de vigilância do óbito, os casos de mortalidade vêm diminuindo desde 2014 e a tendência é reduzir ainda mais. “As causas mais recorrentes são os casos de mães que entram em óbito apresentando eclampsia ou são acometidas por infecções pós-parto, o que poderiam ser evitadas por meio do pré-natal, além do acompanhamento no período do puerpério, que são os 45 dias depois do parto”, disse a responsável técnica.
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