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“As pessoas que possuem um histórico na família de casos de diabetes devem ficar atentas ao estilo de vida que estão levando. Fatores como sedentarismo, obesidade, consumo de bebidas alcoólicas e tabaco podem desencadear o aparecimento da doença no futuro”. O alerta é da endocrinologista da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Luciana Viana, que nesta segunda-feira (14), Dia Mundial da Diabetes, chama a atenção para os fatores de risco.
De acordo com a endocrinologista, existem dois tipos de diabetes, o tipo 1 e 2. O 1 se manifesta como uma doença autoimune, quando o próprio sistema imunológico do corpo humano ataca as células do pâncreas.
“Essa situação acaba afetando o funcionamento do órgão, que deixa de produzir insulina para controlar as taxas de açúcar no sangue” informou Luciana Viana, ao lembrar que o tipo 1 da doença geralmente ocorre na infância ou adolescência.
A diabetes tipo 2, segundo a médica, é a mais comum e atinge cerca de 90% das pessoas que têm a doença, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). “No tipo 2 o organismo não consegue usar de maneira correta a insulina que o corpo produz e necessita para controlar o nível de glicemia”, salientou.
Esse é o caso do aposentado de 60 anos, José Severo da Silva, que convive com a diabetes tipo 2 há 11 anos. Ele descobriu a doença depois que o filho morreu e no laudo constava que o rapaz tinha diabetes. “Ninguém da minha família sabia que ele era diabético. Depois disso, os médicos me orientaram a fazer os exames e, depois do resultado, ficou comprovado que eu também sou”, disse o aposentado.
José Severo da Silva revela que toma remédio todos os dias para controlar as taxas de glicose no sangue e mudou os hábitos alimentares. Com o diagnóstico da doença, deixou de comer doces, não bebe mais cerveja e deixou de fumar.
“Minha alimentação não é 100%, mas eu sei o que devo e não devo comer e faço o possível para não sair da dieta. E depois que eu soube da minha doença, controlo a alimentação da minha família, principalmente dos meus netos, que comem muita besteira e bebem muito refrigerante”, salientou José Severo, ao destacar que sempre aconselha os familiares a fazerem o exame para saber se são ou não portadores da doença.
Tratamento
Ainda de acordo com a endocrinologista da Sesau, para as pessoas que foram diagnosticadas com qualquer um dos dois tipos da diabetes, o tratamento é, basicamente, o mesmo.
Além da medicação, o paciente deve começar pela mudança no estilo de vida, adotando hábitos alimentares mais saudáveis, tendo um planejamento alimentar, que deve ser elaborado por um nutricionista ou endocrinologista, acompanhado também de atividades físicas, para controlar o nível de glicose no sangue.
“A única diferença entre os tratamentos da diabetes tipo 1 e 2 é que as pessoas com diabetes tipo 1 necessitam tomar doses de insulina”, evidenciou.
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