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08/08/2016 19:18
Saúde
Governador explica a utilização de Organizações Sociais em unidades de saúde
Renan Filho justificou o limite com gastos de pessoal para a contratação das OSS
Renan Filho ainda salientou que as melhores iniciativas de atendimento de saúde, nos Estados brasileiros, funcionam por meio das Organizações Sociais / Foto: Márcio Ferreira
Agência Alagoas

O Governo de Alagoas está construindo a Maternidade de Risco Habitual, está em vias de iniciar as obras do Hospital de Clínicas, sem contar o Hospital Metropolitano. São, pelo menos, 6,5 mil novos servidores para fazer funcionar estes novos equipamentos.



E por outro lado, o Estado está no limite de gastos com servidores. A saída, segundo o governador Renan Filho, é se utilizar de Organização Social de Saúde (OSS).



Os argumentos são simples e contundentes. O governador explica que o modelo de gestão, por meio de OS, é utilizado no país como um todo, sem contar nas experiências fora do Brasil (México, Inglaterra, Estados Unidos), onde apenas a França não aplica tal mecanismo.



Renan Filho ainda salientou que as melhores iniciativas de atendimento de saúde, nos Estados brasileiros, funcionam por meio das Organizações Sociais. Ele exemplificou que as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) do Francês (Praia, em Marechal Deodoro) e do município de Palmeira dos Índios; além das UPAs do Trapiche e do Benedito Bentes, de Maceió, funcionam com este tipo de administração.



“Alagoas não pode mais contratar servidor. Estamos com 49% de comprometimento de nossa Receita Corrente Líquida com os servidores que já estão contratados. Porém, preciso contratar mais médicos, mais enfermeiros, fazer funcionar melhor outros equipamentos. Ou se faz por OS ou não se consegue fazer”, justificou o governador.



Além do mais, o Estado não deve trabalhar em atividade meio. Em outro exemplo, o governador lembrou que no Hospital Geral do Estado há uma lavanderia. Os servidores, segundo ele, não têm expertise neste ramo.



“Uma empresa especializada sim, tem condições de trabalhar a função específica. Isso termina em uma ineficiência muito grande. O HGE tem que levar saúde às pessoas. Quando o cidadão chegar lá, ele tem que ser atendido por um médico, por um enfermeiro, ter o remédio. E quanto mais controle sofisticado, com o viés empresarial, e, se possível, com redução de custo, fazendo mais com menos, é isso que o cidadão está querendo”, pontuou o governador.

Sobre o lançamento dos editais, Renan Filho deixou claro que o debate é antigo e está sendo feito há meses. Os editais trarão toda a clareza e transparência possível, onde a iniciativa privada vai poder fornecer serviço de saúde à população de um modo geral.

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