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14/10/2016 06:00
Saúde
Governo do Estado banca Upas e quebra paradigmas em Alagoas
Comprometido em garantir saúde de qualidade à população, Governo do Estado investe em projetos que objetivam reduzir o quadro de superlotação dos hospitais
Unidades de Pronto Atendimento estão abertas graças ao apoio do Estado de Alagoas / Foto: Adailson Calheiros
Agência Alagoas

Humanização, dignidade e atendimento qualificado. Este é o novo panorama estabelecido na saúde em Alagoas. São novas chances de tratamento, capacidade de serviço ampliada e o melhor: a expectativa de reduzir, pela primeira vez em muitos anos, o fluxo de pacientes no Hospital Geral do Estado (HGE) com a implantação de quatro novas Unidades de Pronto Atendimento (UPA).



Espalhadas entre as cidades de São Miguel dos Campos, Maragogi e Maceió, uma no Trapiche e outra no Benedito Bentes, as sedes chegam para transformar a realidade de superlotação vivida pelos hospitais alagoanos. Classificada em três portes distintos, de acordo com a necessidade de demanda de cada área, a UPA inova ao promover dentro de uma estrutura simplificada serviços de raios-X, eletrocardiografia, pediatria, laboratório de exames e leitos de observação.



O ambiente limpo e acolhedor aliado ao atendimento mais próximo entre a equipe médica e paciente conquistou de imediato a confiança de Rafaela Paulino, de 33 anos. Quando o assunto é saúde, a moradora do Eustaquio Gomes revela não ter dúvidas na hora de sair da parte alta da cidade para o bairro do Trapiche, onde está uma das UPAs da capital.

 


“Foi uma grande surpresa. Já a segunda vez que precisei vir na UPA e não tenho do que reclamar. Fora o atendimento de qualidade e muito rápido, aqui recebemos uma atenção especial de todos os funcionários. Não tem aquela relação ranzinza frequente nos hospitais, além de todo o cuidado no tratamento, somos bem assistidos, a equipe é muito bem preparada e educada”, avalia Rafaela Paulino.



Liderada por duas unidades, a capital alagoana dá um novo fôlego às assistências intermediárias entre a atenção primária e os de média e alta complexidade. Com 15 leitos - sendo oito adultos, cinco pediátricos e dois quartos individuais - cada espaço tem capacidade de 350 atendimentos diários em 24h de funcionamento, todos os dias da semana, sendo referência em pacientes com crise de pressão, febre alta, fraturas, cortes, infarto e derrame.



As mudanças já são sentidas pela população desde fevereiro deste ano, quando foi inaugurada a UPA do Trapiche. Nos quatro primeiros meses, a unidade atendia 600 pessoas por dia, o dobro do esperado. Em julho, com a implantação da sede do Benedito Bentes os atendimentos da parte baixa de Maceió desafogaram em 10% e juntos, os dois locais, atingiram a marca de 18 mil registros em apenas um mês de serviço.

 


Depois da experiência positiva no atendimento com a filha durante o surto de Zika vírus, no início do ano, Quitéria Cristine é categórica na escolha do melhor local para cuidar de sua família. “A UPA nos garante muita agilidade nos serviços, esperei apenas de 5 a 10 minutos para ser chamada. Muitas vezes chega a ser melhor que um atendimento particular, já vi pessoas que tinham ido a emergências em hospitais privados e depois preferiram vir pra cá pela qualidade e celeridade", disse a zelosa mãe.

 


Apoio estadual


A mudança do panorama de atendimento público em saúde em Alagoas acontece graças a adoção de uma nova postura da gestão estadual. Até a qualificação das unidades de saúde em nível federal, a Secretaria do Estado da Saúde (Sesau), em acordo com as administrações municipais, se responsabiliza pelos 25% inerentes ao Estado e os demais 50% do Ministério da Saúde. Os 25% restantes ficam por conta dos municípios contemplados.



Apenas para ser construída, cada unidade despendia um orçamento em torno de R$4,5 milhões. Para mantê-las é necessário ainda um custo significativo de R$1 milhão, a ser partilhado sob a tríade federal, estadual e municipal. Deste total, R$ 750 mil são bancados pelo Governo do Estado que encabeça um planejamento para a melhoria da saúde pública da capital e do interior alagoano.



“Não tinha como as unidades sobreviverem sem o recurso federal, seria inviável. Para não alongar ainda mais a abertura das UPAS, o Estado decidiu adiantar esta parcela do Ministério da Saúde até que saia a portaria da habilitação. A proposta já foi encaminhada e aprovada, estamos apenas aguardando a concretização da portaria pelo Governo Federal”, explica a gerente de Atenção Pré-hospital da Sesau, Cristina Calado.



Das nove UPAs disponíveis em todo o Estado, quatro foram inauguradas e estão sendo mantidas sob a atual gestão estadual. As unidades fazem parte da Política Nacional de Urgência e Emergência, lançada pelo Ministério da Saúde em 2003, com a proposta de estruturar e, principalmente, integrar a rede de urgência e emergência no país.



O Governo do Estado já começou, sobretudo, a construção da Maternidade de Risco Habitual. Vai erguer o Hospital de Clínicas e o Hospital Metropolitano, sonho antigo do povo alagoano. Outros hospitais em Porto Calvo, União dos Palmares, Viçosa e Delmiro Gouveia também constam no projeto de ampliação da rede de atendimento público de saúde em Alagoas.

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