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27/10/2016 17:00
Saúde
Helvio Auto recebe visita de antropóloga que pesquisa doenças causadas pelo aedes aegypti
Pesquisadora Débora Diniz faz acompanhamento da zika e microcefalia no Nordeste brasileiro
Agência Alagoas

O Hospital Escola Dr. Helvio Auto (HEHA) recebeu nesta quinta-feira (27/10), a visita da doutora em antropologia, escritora, pesquisadora e documentarista alagoana Débora Diniz, que tem feito trabalho científico de extrema importância no acompanhamento do zika vírus e sua ligação com a microcefalia no Nordeste brasileiro, centrado numa perspectiva antropológica e bioética.



A pesquisadora visita o Serviço de Assistência Especializada (SAE) do Hospital Helvio Auto com o intuito de alinhar uma parceria de pesquisa, uma vez que o Hospital promove o acompanhamento e busca de mães com bebês microcéfalos em todo o Estado de Alagoas.



Mardjane Alves, coordenadora do SAE do Hospital Helvio Auto, explica a importância da parceria: “Nós aqui do Helvio Auto vamos desenvolver esta pesquisa do ponto de vista médico, enquanto Débora irá realizar um trabalho explorando a vertente bioética da situação, formando desta forma uma equipe multidisciplinar”.



Débora Diniz acompanhou a história do aparecimento e comprovação do surgimento da zika no sertão de Alagoas. A partir de um alerta emitido pelo infectologista alagoano Celso Tavares, a pesquisadora foi sensível ao tema e escreveu o livro Zika: do Sertão nordestino à ameaça global. Além de pesquisadora, Débora Diniz é professora de bioética da Universidade de Brasília (UNB) e da Fundação Oswaldo Cruz.

 


“Temos a proposta de iniciar esta pesquisa para produzir algo em conjunto, seria uma colaboração entre a Universidade de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), por meio do Hospital Helvio Auto e a Universidade de Brasília (UNB), na qual leciono. Será uma pesquisa desenvolvida com o mesmo público, mas com abordagens diferentes”, concluiu a antropóloga Débora Diniz.



Ela pesquisou artigos acadêmicos que eram escassos no início do surto de zika no Brasil, em veículos de notícias nacionais e internacionais e entrevistou médicos e mães que trocam suas experiências relacionadas à microcefalia. O resultado é um livro que conta a história a partir do Nordeste brasileiro, mostrando o trabalho pioneiro de médicos e as dificuldades de mães que lutam pelos direitos de seus filhos e ajudam umas às outras a superar as adversidades.

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