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05/09/2016 09:45
Saúde
HGE oferece serviço de psicologia a parentes de doadores de órgãos
Profissionais acolhem, esclarecem e contribuem para o fortalecimento dos entes fragilizados
HGE presta atendimento psicológico ao paciente e acompanhante até o fim da assistência / Fotos: Thallysson Alves
Agência Alagoas

Há quem pense que só podemos ajudar o próximo em vida. Engana-se! O Hospital Geral do Estado (HGE) sensibiliza todos os dias parentes de pacientes aptos a doação de órgãos para realizar esse ato de amor. O psicólogo é o profissional dedicado a esse serviço, que ainda busca acolher, esclarecer e contribuir para o fortalecimento da família fragilizada.



Berenice Rodrigues, psicóloga do HGE, atua na Central de Transplantes de Alagoas e Organização Procura de Órgãos (OPO). Segundo ela, sua atuação visa amenizar o sofrimento da família que, por vezes, já vem de um histórico de luta bem antes da internação.



“A Psicologia está em todas as áreas do hospital. Nós prestamos atendimento ao paciente e acompanhante até o fim da assistência. Também desenvolvemos um trabalho junto aos servidores, sempre com o objetivo de minimizar a angústia, ansiedade, medo e insegurança”, informou Berenice Rodrigues.



Acidente vascular cerebral (AVC), infarto agudo do miocárdio (IAM), traumatismo crânio encefálico (TCE), pneumonia e falência múltipla dos órgãos estão entre as causas de óbito mais frequentes entre os doadores. Por dia, uma média de quatro famílias com entes aptos à doação de órgãos são atendidas no HGE.



“Deles pode-se extrair, a depender do caso, o coração, pulmões, fígado, pâncreas, intestino, rins, córneas, veias, ossos e tendões. Tudo mediante autorização do familiar responsável. O procedimento pode acontecer em nosso necrotério ou no Serviço de Verificação de Óbito (SVO) por profissionais autorizados que fazem parte de nossa equipe”, pontuou a psicóloga.



A retirada dos órgãos e tecidos é uma cirurgia como qualquer outra e o doador poderá ser velado normalmente. Ofertar órgãos para transplante é um dos gestos de mais alta expressão ética, pois é gesto de amor e de afirmação do valor da vida.



“Não há distinção de assistência entre doador de órgãos e não doador. Nós só atuamos após a morte do doente, antes apenas buscamos informações sobre eles. A retirada de órgãos só acontece após a confirmação da morte, de acordo com os parâmetros estabelecidos pela ciência médica - atualmente, a morte encefálica”, esclareceu a psicóloga do HGE.

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