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Para reforçar as atividades na semana da pessoa com deficiência, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) realizou nesta quinta-feira (25) o seminário Integralidade do cuidado: uma rede em ação, destinados aos profissionais que fazem parte da rede de cuidados à pessoa com deficiência no enfrentamento à microcefalia causada pelo vírus zika em Alagoas.
O evento aconteceu no auditório da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) e reuniu fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, assistentes sociais, fonoaudiólogos e médicos.
Para Renata Bulhões, supervisora da pessoa com deficiência da Sesau, esse seminário é de grande importância pela carência de estudos nacionais e internacionais que fundamentem a relação entre a microcefalia associada ao vírus zika, que apresentam alterações no padrão da doença.
“A microcefalia já existia antes do zika vírus, mas com essa epidemia, a doença tem apresentado complicações diversas que necessitam de um acompanhamento diferenciado da equipe multidisciplinar. Eventos como esse são necessários para que os profissionais possam trocar experiências que encontram diariamente, para melhorar o atendimento e propiciar uma melhor qualidade de vida para as crianças que nasceram com a doença”, destacou a supervisora.
Durante o seminário, Iris Morgana da Silva dos Santos, 24 anos, participou de uma mesa redonda para contar um pouco de como tem sido o dia a dia da pequena Maria Vitoria de quatro meses, e o acolhimento que ela recebe na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais(APAE).
“A gestação foi normal, a única coisa que aconteceu foi eu ter contraído o vírus da zika e no sétimo mês de gravidez minha filha foi diagnosticada com microcefalia. No começo foi difícil aceitar, mas com o passar do tempo eu fui aceitando e com a ajuda dos fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos da APAE, estou aprendendo do que ela gosta. Antes a Vitória chorava muito, mas agora eu sei o que fazer para acalma-la: é só colocar uma música que ela fica mais tranquila”, disse a jovem.
Janaina Cajueiro, coordenadora do Centro Especializado de Reabilitação (CER) da Uncisal, falou sobre como é realizado o encaminhamento dos casos.
“As crianças ao serem notificadas com a possibilidade de microcefalia são encaminhadas no momento do nascimento para realização de exames de diagnóstico e após a confirmação da doença elas são direcionadas para os Centros Especializados de Reabilitação para que o tratamento seja iniciado de forma imediata sem a necessidade de passar por nenhuma fila de espera”, explicou a coordenadora.
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