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Grávida de 35 semanas, a chinesa identificada como Zhang quase perdeu a vida e o bebê por um fato inusitado. No último dia 2, ela acordou com fortes dores abdominais e procurou o hospital. Após os exames iniciais, os médicos do Hospital da Universidade de Pequim, em Shenzhen, perceberam que ela apresentava alterações na pressão sanguínea, pulsação e respiração, levantando a suspeita de ruptura no útero. Uma ultrassonografia confirmou o diagnóstico, mas com um detalhe incomum: uma das pernas do bebê estava do lado de fora do órgão.
O caso foi noticiado pelo hospital em sua página no Weixin, uma versão chinesa do Facebook. Segundo os médicos, a suspeita é que um “chute” do bebê tenha provocado o rompimento do útero. A situação elevou o risco de infecção tanto para a mãe como para o bebê, por isso, cinco minutos após a confirmação do diagnóstico, Zhang já estava no centro cirúrgico para uma cesariana de emergência.
O procedimento era considerado de risco, pois Zhang sofria de forte hemorragia interna, mas a cirurgia correu normalmente, e a mãe e o bebê passam bem. Na operação, os médicos confirmaram que a perna do feto estava cutucando a cavidade abdominal da mãe, passando por um corte de sete centímetros no útero.
O histórico médico de Zhang mostrou que ela havia passado por uma cirurgia em 2016, pouco antes de engravidar, para a retirada de um mioma uterino. De acordo com os médicos, esse procedimento deixou cicatrizes no tecido do útero, o que pode ter facilitado o rompimento.
A ruptura uterina é uma condição grave, mas extremamente rara. De acordo com estimativas do Medscape, o problema acontece apenas em 0,07% das gestações, sobretudo em mães que já se submeteram a uma cesariana, o que enfraquece a parede do órgão no local dos pontos.
Em entrevista ao site Live Science, o obstetra Michael Cackovic, do Centro Médico Wexner, da Universidade Estadual de Ohio, explicou que cirurgias anteriores, como a cesariana ou, no caso de Zhang, de retirada de miomas, deixam cicatrizes que se afinam com o crescimento do órgão durante a gestação. Em alguns casos, a parede fica “tão fina que é possível ver o bebê”. E esse afinamento pode provocar a ruptura.
O médico, contudo, não acredita que um chute do bebê possa ter provocado o rompimento. O mais provável é que ele tenha se rompido naturalmente, e a perna do feto tenha saído pelo buraco criado.
— Mas certamente é possível que um chute possa ter sido o último impulso para atravessar essa camada (mais fina do útero) — comentou o obstetra.
De acordo com o Medscape, a ruptura uterina é uma condição extremamente grave, que pode resultar na perda severa de sangue e na falência de órgãos na mãe e sufocamento do feto, além dos riscos de infecções. Geralmente, os médicos têm entre 10 e 40 minutos para realizar uma cesariana de emergência antes que o bebê comece a sofrer danos.
Fonte:O Globo
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