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Cirurgiões de mão e ortopedistas do Hospital Geral do Estado (HGE) se mobilizaram neste sábado (19) para operar 34 alagoanos de várias idades e cidades. O empenho é um esforço da equipe do maior hospital público de Alagoas para atender a alta demanda de pessoas com algum tipo de doença no aparelho locomotor.
Weles Eduardo Ribeiro de Lima tem apenas cinco meses de vida, mas já precisou passar por sua primeira cirurgia. Segundo sua mãe, Eliane Ribeiro da Silva, de 25 anos, ele nasceu com os pés tortos e na maternidade já recebeu o encaminhamento para buscar um pediatra, para que este o encaminhe a um ortopedista pediátrico.
“Desde o primeiro mês que o Weles usa gesso nas pernas, até que eu conheci o ortopedista Rogério Barboza, que me indicou o HGE. Agendamos a cirurgia, cheguei ao hospital agora de manhã e já estamos voltando para casa com a operação realizada com sucesso”, disse Eliane, com alegria pelo alcance da assistência.
Essa acessibilidade dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) aos procedimentos também foi um alívio para a dona de casa Maria das Dores de Souza Clemente, de 49 anos, residente em Santa Luzia do Norte. Ela é portadora da Síndrome do Túneo do Carpo, que comprime o nervo mediano que passa por um canal estreito no punho e causa dor, choque, dormência, formigamento e perda da destreza nas mãos.
“Incomodava muito para lavar roupas, já derrubei objetos e fiquei sem sentir a mão. Procurei descobrir o motivo em vários postos de saúde, mas o diagnóstico era sempre a LER [Lesão por Esforço Repetitivo]. Até que fui atendida pelo cirurgião de mão Givaldo Trindade Rios e ele descobriu a síndrome. A expectativa é que eu deixe de sentir tanta agonia”, relatou Maria das Dores. “Se eu não tivesse esse atendimento, permaneceria sofrendo”, desabafou.
De acordo com o ortopedista Gustavo Francisco Nascimento, o mutirão é uma estratégia da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), com iniciativa da própria titular Rosângela Wyszomirska, para diminuir o número de pacientes a espera de cirurgia ortopédica, seja eletiva ou de pacientes internos no hospital.
“Com isso, nós também visamos diminuir o número de usuários internados e, dessa forma, liberar leitos aos novos que chegam diariamente. Nós somos um hospital de porta aberta, ou seja, atendemos todos os que necessitam da assistência. Desse modo, nosso serviço tem crescido em qualidade e se tornado referência em toda Alagoas”, afirma o médico.
É o que comprova o jovem Manoel Messias Belizário dos Santos, de 18 anos. Ele sofreu uma queda da moto, em Boca da Mata, fraturou o fêmur distal esquerdo e precisou do atendimento especializado do HGE.
“O que me diziam era que iam me trazer para o HGE por ser o melhor lugar para o meu tratamento. Cheguei nessa última quinta-feira e assim tem sido. É a minha primeira cirurgia e não tenho o que reclamar”, afirmou Manoel após sair da sala de cirurgia; ele volta para a enfermaria, onde continuará sua recuperação.
Fonte: Agência Alagoas
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