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11/10/2016 16:00
Saúde
Nova Maternidade Santa Mônica se mantém salvando vidas
Qualidade no atendimento à mulher em Alagoas é prioridade na gestão Renan Filho
Nova estrutura salva vidas e tranquiliza famílias / Foto: Ailton Cruz
Agência Alagoas

A saúde pública continua avançando com o objetivo de suprir às necessidades da população alagoana. Referência no atendimento à mulher, depois de identificada uma gestação de alto risco, a Nova Maternidade Santa Mônica tem a missão de oferecer qualidade de vida às mães e aos bebês. Ela foi reaberta em 2015 e quando voltou saiu dos noticiários negativos que a marcaram antes desta nova fase de esperança e bom atendimento.



A reportagem traz o depoimento de mulheres que testemunharam – e usufruíram - o atendimento da maternidade, explorando o que de melhor a unidade faz: trazer novas vidas ao mundo.



Maria Aparecida da Silva é mãe da pequena Maysa Beatriz, de apenas 14 dias. A jovem de 22 anos detalha, entre lágrimas, que havia completado o sétimo mês de gestação e que estava tudo caminhando bem e sob controle. Natural do município Junqueiro, no interior alagoano, a mãe garante que jamais poderia imaginar que a filha estaria chegando ao mundo.

 


Mãe e filha estão na enfermaria Canguru. Maria frisou que descobriu a gravidez de alto risco devido a problemas com a pressão arterial enquanto ainda realizava o pré-natal. Porém, prestes a completar o sexto mês de gestação ela passou mal e, após ser levada para um hospital em Arapiraca, foi encaminhada para a Nova Maternidade Santa Mônica, no dia 22 de agosto.



Maysa nasceu de parto prematuro aos sete meses. Mas, antes disso, a mãe permaneceu internada e recebeu todo o acompanhamento dos médicos. “Eu não tinha feito chá de fraldas, lembrancinhas de maternidade, lavado as roupinhas, preparado a malinha e o quartinho ainda nem estava pronto para receber a Maysa em casa”, diz a mãe, enquanto enaltece o trabalho do quadro que compõe a maternidade.



“Eu agradeço demais as pessoas que me receberam aqui na maternidade, desde a primeira vez que cheguei. Tenho certeza que isso foi fundamental para minha filha nascer saudável, e ela continua apresentando bons resultados. Espero que na próxima semana eu e ela possamos voltar pra nossa casa, estão todos curiosos para conhecer minha pequena”, disse Maria Aparecida.



Os casos que chegam à maternidade são similares. A jovem Vanessa Silva Rodrigues, de 17 anos, é mãe da Sara Sofia, de apenas um mês de vida. Quando chegou à maternidade, há um mês, estava em trabalho de parto, com uma dilatação de 8 cm. Vanessa explicou que no sexto mês de gestação iniciou uma perca de líquido e foi para a Maternidade Nossa Senhora da Guia, e, ao chegar lá, foi encaminhada para a Maternidade Santa Mônica, por se tratar de um caso de alto risco.

 


A filha dela veio ao mundo no dia 25 de agosto e precisou ficar internada durante 22 dias na UTI Neonatal por apresentar problemas respiratórios, mas, em seguida foi transferida para a Enfermaria Canguru, onde permanece até ganhar um pouco mais de peso. A menina, de um mês e 17 dias está sendo acompanhada por todo corpo clínico da unidade hospitalar.



Satisfeita com o atendimento na maternidade, a jovem garante que recebeu todo o cuidado e atenção dos médicos, que, segundo ela, foram fundamentais para que a filha conseguisse sobreviver e permanecer saudável.



“Foi ótimo, atendimento 100%. Estou satisfeita e agradeço a cada funcionário da maternidade, tanto médicos, como enfermeiros, em geral, todo o quadro”, expôs Vanessa, sorridente, com a filha em seus braços.



A também mamãe de primeira viagem, Maltileide da Silva Correia, de 30 anos, comemora a vida do filho, o pequeno Luiz Miguel, que tem um mês de vida. Ela já conta os dias para ter alta e levar o filho para casa. Natural de São Miguel dos Campos, no interior de Alagoas, após um sangramento inesperado, aos seis meses de gestação, descobriu o alto risco da gravidez e, após passar por diversos hospitais, como o de Anadia, por exemplo, ela precisou ser encaminhada para a Nova Maternidade Santa Mônica.

 


Maltileide também está com o filho na Enfermaria Canguru, e permanece ansiosa para que o pequeno Luiz Miguel conheça o quartinho, que foi preparado com muito amor e dedicação pelos pais. Emocionada, ela agradece todo o cuidado dos médicos na maternidade, com ela e seu filho, que praticamente dobrou o peso durante o primeiro mês de vida.



“Eu estou muito feliz, se não fossem esses anjos eu não sei o que seria do meu filho, talvez ele nem estivesse aqui. A maternidade está diferenciada e oferece um serviço de muita qualidade para nós, mães, que precisamos tanto de um bom atendimento para termos nossos bebês em paz”, frisou.



São casos como esses que o corpo médico da Nova Maternidade Santa Mônica vivencia diariamente. A diretora médica da unidade hospitalar, Daniella Bulhões, aponta que as gestantes chegam à maternidade amedrontadas, após a descoberta da gravidez de alto risco.

 


As gestantes passam por um longo processo antes de chegarem à maternidade. A diretora médica explica que, na prática, as gestantes precisam ser referenciadas pelo Complexo Regulador Assistencial (Cora); elas são previamente atendidas nas maternidades de risco habitual, e, após ser detectado o alto risco, a maternidade que fez o atendimento solicita a vaga de alto risco, onde a partir daí elas são encaminhadas para a Nova Maternidade Santa Mônica.



“Ao chegarem aqui elas vão para triagem da maternidade, são atendidas e avaliadas. A partir daí se define o rumo da paciente: se vai ficar internada ou não. Sendo internada, a gestante passa para o setor de pré-parto, mas se for uma paciente que esteja em trabalho de parto para definição, é encaminhada para enfermaria para internamento e tratamento clínico. Daí por diante se define a questão da resolução da paciente, ou define a via de parto, se esperam para parto normal ou operatório”, explicou a diretora médica Daniela Bulhões.



A Nova Maternidade Santa Mônica atualmente conta com 15 leitos de UTI Neonatal e 11 da UCI, além dos 45 de alojamento conjunto e os 12 leitos disponíveis na Enfermaria Canguru. A unidade hospitalar é referência no estado no atendimento as gestantes de alto risco.



Para ajudar no trabalho da Santa Mônica, o Governo de Alagoas já iniciou a construção da Maternidade de Risco Habitual. A primeira maternidade pública de Alagoas para atendimentos simples e de médio risco.

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