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O surto de Doenças Diarreicas Agudas (DDA), que atingiu os palmeirenses no início do ano, deixou o município sob alerta. Foram registrados mais de 6 mil casos, situação que superlotou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e o Hospital Regional Santa Rita. Somente a 20ª semana epidemiológica, ponto alto do surto, registrou 622 casos.
De acordo com um levantamento feito pela prefeitura de Palmeira dos Índios, em conjunto com uma Unidade Móvel de Controle de Qualidade da Água da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), foi detectado que as principais causas do surto de DDA foram a escassez de água própria para consumo na região, estiagem e maus hábitos de higiene ao manusear alimentos e higiene pessoal precária.
Diante disso, a Secretaria Municipal de Saúde de Palmeira dos Índios precisou tomar medidas de prevenção contras as DDA e mobilizar equipes para mutirões diários, principalmente nos bairros que apresentavam altos registros. Diariamente, foram distribuídos nas residências os sais de reidratação, hipoclorito de sódio e pastilhas de cloro residual. Além de mutirões, a prefeitura colocou mais duas enfermeiras na UPA, em turnos de 12 horas cada, para receberem apenas os casos de diarreia que chegavam naquela unidade de saúde.
A Vigilância Epidemiológica, por meio dos agentes comunitários de saúde (ACS) e agentes de endemias (ACE), foi de extrema importância em todo o processo de erradicação de focos do mosquito Aedes aegypti. Demais órgãos também auxiliaram a saúde pública e desenvolveram ações conjuntas, como a Defesa Civil, Secretaria Municipal de Convívio Urbano, Corpo de Bombeiros e a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal). A eliminação química e biológica dos criadouros era o foco da força-tarefa montada durante esse período.
Passados pouco mais de dois meses, os registros caíram consideravelmente: a 27ª semana epidemiológica (2ª semana de Julho) registrou 164 casos. A SMS comemora o feito e parabeniza todos que se empenharam para erradicar o surto.
"Trabalhamos incansavelmente, nesse primeiro semestre de 2017, para erradicar os focos da dengue e demais doenças. Limpamos diversas caixas d'água em residências e vilas. Ficamos chocados com a forma que as pessoas estavam armazenando água. A maioria desses reservatórios estavam em bairros onde a vulnerabilidade social é maior, portanto, as informações que nossos agentes passam não são atendidas da forma correta. Com isso, intensificamos as visitas domiciliares, os mutirões e a distribuição de sais de reidratação. Graças ao empenho dos agentes, conseguimos diminuir esses registros, livrando Palmeira da zona de perigo das DDA", concluiu Rebeca Oliveira, diretora da Vigilância Epidemiológica da SMS.
Fonte: Assessoria
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