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A secretária de Estado da Saúde, Rozangela Wyszomirska, participou, nesta sexta-feira (7), do lançamento da Campanha Jovens Corações, idealizada pela Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista e que, em Alagoas, tem o apoio do Hospital do Coração, da Rede de Proteção e Defesa da Pessoa Idosa (Realdi) e da Pastoral da Pessoa Idosa. O evento aconteceu no auditório do Conselho Regional de Medicina de Alagoas (Cremal), no bairro do Pinheiro, em Maceió.

A iniciativa visa alertar e sensibilizar a sociedade e os médicos sobre novo tratamento para estenose aórtica, uma doença comum em idosos acima de 75 anos, que consiste em colocar uma válvula por meio de cateter. A nova técnica, aprovada pelo Conselho Federal de Medicina e Associação Médica Brasileira, mostra-se bem sucedida em pacientes que não possuem as condições necessárias para a realização de cirurgias cardíacas.

Para Marcelo Queiroga, idealizador da campanha e diretor da Associação Brasileira de Cardiologia Intervencionista, a iniciativa serve para informar à sociedade a respeito dessa doença, que é pouco conhecida e acomete entre 3% e 5% da população idosa, acima dos 75 anos de idade. “Como essa doença não possui tratamento medicamentoso é necessário realizar uma cirurgia cardíaca para implantar a nova válvula”, salientou.

“Antes, era necessário abrir o peito do paciente, o que é muito arriscado nos idosos. Um dos focos é modificar esse cenário, com a realização de uma intervenção muito menos invasiva, o que garante uma recuperação mais rápida e menos traumática, por meio de técnicas de cateterismo para a implantação da válvula. Isso reduz o risco de morte em mais de 20%”, explicou o médico.

De acordo com Ricardo Cesar, presidente da Fundação Cordial e cardiologista do HCOR/AL, a intenção é que esse tratamento seja incluído nas ações da política pública do país para que todas as unidades de saúde que possuem o serviço de hemodinâmica possam fazer o procedimento.

“A campanha nacional também está sendo utilizada para sensibilizar instituições e órgãos governamentais, porque nós estamos diante de uma técnica que pode prolongar a vida desse idoso”, explicou o especialista.

Rozangela Wyszomirska destacou a importância dessa campanha e evidenciou que a Sesau está elaborando políticas publicas que irão contemplar essa população.

“No Plano Estadual de Saúde nós colocamos uma linha de trabalho para elaborar políticas públicas voltadas para a saúde do idoso e, nessa discussão, precisamos ver as propostas para contemplarmos esse público da melhor forma possível”, afirmou a secretária.

Hoje, estima-se que cerca de 200 mil brasileiros acima de 75 anos possuem estone aórtica severa, com cerca de 3 mil intervenções realizadas por meio da nova técnica. O procedimento é realizado em mais de 65 países, com, aproximadamente, 250 mil intervenções realizadas no mundo.