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09/11/2016 22:30
Saúde
Seminário promovido pela Sesau discute saúde mental infanto-juvenil
Evento envolveu profissionais e estudantes das áreas de saúde e da educação
Assunto sobre saúde mental foi destinado aos profissionais de saúde e estudantes das áreas de saúde e educação, ocorreu nesta quarta-feira (9), no auditório da Casa da Indústria / Foto: Carla Cleto
Agência Alagoas

Para ampliar o cuidado com as crianças e adolescentes de Alagoas que sofrem com algum tipo de transtorno psíquico e estão em situação de vulnerabilidade social, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) promoveu o I Encontro de Saúde Mental Infanto-juvenil: O Desafio do Cuidado.


O evento, que foi destinado aos profissionais de saúde e estudantes das áreas de saúde e educação, ocorreu nesta quarta-feira (9), no auditório da Casa da Indústria, no bairro Farol, em Maceió.


Adriana Reis, responsável técnica da atenção psicossocial infanto-juvenil da Sesau, ressaltou que esses eventos servem para sensibilizar e fortalecer o diálogo e, desse modo, mudar a atual realidade nos atendimentos para o público infanto-juvenil. “Esse encontro vem para aproximar as áreas de interesse, como a saúde, educação, assistência social e justiça e integrar as ações e discutir o tema dos distúrbios mentais em crianças e jovens do Estado”, esclareceu.



A técnica da Sesau ainda explicou a importância de envolver as escolas nesse processo de acolhimento desse público. “Nós temos que ter muita cautela na abordagem com as crianças e jovens e muitos casos chegam até os Caps [Centros de Atenção Psicossocial] por meio das escolas, que podem perceber alguma alteração no comportamento com os colegas de sala ou alguma queda no aprendizado” afirmou a técnica.



Durante as palestras, Maria Luzia Morais, terapeuta ocupacional do Caps infanto-juvenil de Alagoas, destacou que é imprescindível a participação da equipe multiprofissional composta por psiquiatras, psicólogos, terapeutas ocupacionais e assistentes sociais. “No Caps nós atendemos criança e adolescente, quando apresentam algum comportamento diferente do normal, a exemplo de insônia, agressividade, hiperatividade, déficit de atenção, dificuldade em fazer amizades. E essas atitudes começam a interferir na escola, na convivência com a família e os que estão à sua volta”, afirmou.

 


Sobre o tratamento desenvolvido nos Centros de Atenção Psicossocial, Maria Luiza Morais, ressaltou a importância de conversar com os pais para saber os reais motivos das crianças ou jovens estarem passando por essa situação. “Para ajudar no tratamento dessas crianças e adolescentes, formamos grupos terapêuticos com atendimento uma vez por semana e também levamos os jovens a passeios terapêuticos, que ocorrem na praia, cinema e teatro. Ao final do acompanhamento, orientamos os pais sobre como deve ser o tratamento para devolver essas crianças e adolescentes”, finalizou a Maria Luiza.



Ao final do encontro, foi sugerida a criação de uma comissão intersetorial, envolvendo tanto a área da saúde e educação, como da assistência social e justiça, visando organizar ações e, assim, fortalecer a assistência na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) Infanto-Juvenil em Alagoas.

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