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Criado pelo Governo do Estado em abril do ano passado, o Serviço de Cardiopediatria foi o responsável por mais uma conquista inédita para o Sistema Único de Saúde (SUS) em Alagoas. Isso porque, na quarta-feira (3), foi realizado o primeiro implante de stent em canal arterial de um recém-nascido, elevando o Estado ao mais alto patamar do atendimento cardiopediátrico brasileiro.
O procedimento cirúrgico inédito ocorreu no Hospital do Coração de Alagoas (HCOR/AL), em Maceió, e foi assegurado graças ao convênio firmado com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). Com apenas quatro dias de vida, o bebê nasceu com atresia pulmonar, uma cardiopatia congênita rara e grave, de alta complexidade, que se caracteriza pelo estreitamento ou ausência completa da abertura entre a artéria pulmonar e o ventrículo direito, segundo informou o cardiologista Ricardo César Cavalcanti.
“Com isso, o sangue não pode ser oxigenado no ventrículo direito e não há como ocorrer o bombeamento do sangue de forma eficaz no pulmão. Isso acontece devido à ausência de uma válvula pulmonar normal e representa uma cardiopatia grave e com alta mortalidade no período neonatal”, explicou Cavalcanti, que realizou a cirurgia, auxiliado por técnicos de enfermagem e radiologia, além dos médicos Claudio Soriano, Adriana Cunha, Suely Cavalcante, Kleberth Tenório e da enfermeira Luciana Cavalcanti.
Alta complexidade
O médico salientou que o procedimento realizado no recém-nascido é de alta complexidade e entrará na rotina do HCOR/AL, representando mais uma ação a ser disponibilizada pelo Serviço Estadual de Cardiopediatria. Ação que se somará ao diagnóstico, às consultas especializadas e ao acompanhamento ambulatorial já realizado desde o ano passado, quando a Sesau implantou o programa.
Para a secretária de Estado da Saúde, Rozangela Wyszomirska, a realização da cirurgia para implante de um stent em um recém-nascido representa mais um avanço obtido pela atual gestão da Sesau. “Em 2015 atendemos uma antiga reivindicação dos usuários do SUS, quando firmamos uma parceria com o HCOR/AL e implantamos o Serviço Estadual de Cardiopediatria. Pouco mais de um ano depois, galgamos mais um passo importante, evitando que as crianças cardiopatas tenham que enfrentar obstáculos para serem tratadas adequadamente”, destacou.
Rozangela Wyszomirska lembra que, antes da atual gestão, os pais de crianças cardiopatas eram obrigados a recorrer ao Ministério Público Estadual (MPE) e à Defensoria Pública Estadual (DPE) para terem assegurado o atendimento cardiopediátrico a seus filhos. “Quando assumimos a gestão da Sesau elegemos a implantação do Serviço Estadual de Cardiopediatria como uma prioridade. Enfrentamos diversos obstáculos porque não dispúnhamos de uma unidade hospitalar, inclusive particular, com os equipamentos necessários e profissionais habilitados. Graças à parceria com o HCOR/AL, o problema foi sanado”, enfatizou.
Coração de Estudante
Também por meio do Serviço Estadual de Cardiopediatria foi criado o Programa Coração de Estudante. Por meio dele, profissionais de saúde realizam a busca ativa de estudantes que apresentam problemas no coração de forma silenciosa. Após a identificação, os estudantes são encaminhados para o Ambulatório do HCOR/AL e têm o acompanhamento multiprofissional totalmente gratuito pelo SUS.
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