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04/08/2016 18:00
Saúde
Sesau e PC discutem notificação sobre violência interpessoal e autoprovocada
Reunião foi realizada nesta quinta-feira (4), na Delegacia Geral da Polícia Civil de Alagoas
/ Ilustração
Agência Alagoas

 Com o intuito de discutir uma melhor estratégia parar garantir que os casos de violência interpessoal e autoprovocada sejam notificados, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) realizaram uma reunião nesta quinta-feira (4), na Delegacia Geral da Policia Civil. Um projeto-piloto foi apresentado durante a reunião para a implantação das fichas de notificações na Delegacia da Mulher de Maceió.



As fichas de notificação de violência interpessoal e autoprovocada são preenchidas nas unidades de saúde e hospitais. O preenchimento é realizado por médicos, enfermeiros ou qualquer profissional de saúde, quando houver suspeita ou confirmação de violência.



Entre os casos classificados de violência interpessoal está a violência doméstica, sexual, trabalho infantil, trabalho escravo e tortura. Entre os casos de autoprovocada, estão as tentativas de suicídio.



De acordo com Rita Murta, gerente de Vigilância e Controle de Doenças não Transmissíveis da Sesau, as notificações são importantes para que seja traçado tanto o perfil dos agressores como das vítimas nesses casos de violência.



“Com o preenchimento correto das fichas de notificação, podemos fazer um perfil das vítimas que sofrem algum desses tipos de violência, pois, com essas informações, conhecemos quem é a vítima, onde aconteceu a agressão e quem foi o agressor, visando promovermos ações de saúde focadas em políticas públicas articuladas com a rede de proteção envolvendo também a segurança pública”, esclareceu a gerente.



Kátia Emanuelly, delegada adjunta da Polícia Civil, enfatizou que, por meio da implantação das notificações, “toda a segurança pública do Estado ganhará mais suporte para poder melhor identificar os agressores, combater esses casos de violência e poder auxiliar de maneira mais humanizada as vítimas”.



Em Alagoas foram registrados, entre 2008 e 2016, 18.693 notificações de violência. Maceió aparece em primeiro lugar com 7.434 casos, seguido de Arapiraca, com 7.199, e Santana do Ipanema, que registrou 1.397.



A Delegacia da Mulher foi escolhida pelo fato de as mulheres aparecem como as maiores vítimas de violência em Alagoas, com 11.568 casos registrados. No quesito idade, as vítimas têm entre 15 a 29 anos, e a residência da vítima é o local mais frequente dos casos de violência.

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