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O Comitê Técnico Alagoano de Saúde Integral da População de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBT), órgão vinculado à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), iniciou um censo para levantar dados sobre a saúde das pessoas travestis e trans de Alagoas. O propósito da pesquisa é obter dados sobre este público e identificar onde residem, visando desenvolver políticas públicas na área da saúde.

Além de procurar localizar geograficamente e quantificar a população travesti e trans, o diagnóstico procura identificar as variáveis de idade, renda e escolaridade, para que sejam aprofundadas questões a respeito do uso de tratamento hormonal, acompanhamento médico e psicológico, bem como, a necessidade de realização das cirurgias de redesignação sexual (CRS), mastectomia e mamoplastia. Os dados estão sendo coletados, por meio do endereço eletrônico: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSc9JXV6t3SPRDW0n0BJWgfU5SLOhwS6Cr5bIMVSJsrKgPuYFQ/viewform, até o próximo dia 10 de maio.

De acordo com Robert Lincoln, assessor técnico de Políticas Transversais da Sesau, a proposta é identificar onde os travestis e trans estão vivendo. Segundo ele, muitas vezes, alguns recorrem ao tratamento de hormonioterapia de forma errada, o que pode acarretar em problemas graves à saúde.

“Esse formulário é, justamente, para obtermos indicadores sobre a população de travestis e transexuais, que necessitam ser contemplados com as políticas públicas de saúde. Já temos mais de 40 pessoas que responderam ao questionário online, e isso é importante para que saibamos, de fato, o número exato desta população”, destacou.

Para Robert Lincoln, a atenção integral à saúde da população trans e travesti é estratégica, na medida em que amplia o direito aos serviços de saúde. “O SUS [Sistema Único de Saúde] é um sistema universal, que deve assegurar assistência a todos, sem discriminação e garantido serviços específicos às necessidades dos usuários. Por isso, o censo é muito importante para podermos atender este público”, evidenciou.

Fonte: Agência Alagoas