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A Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) será o centro das discussões sobre microcefalia no país nesta terça (3) e quarta-feira (4). A instituição recebe um evento do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e do Ministério da Saúde, que vai capacitar profissionais de todo o Estado para a implantação de redes de inclusão.
De acordo com Maria de Lurdes Magalhães, consultora do Unicef, somente três estados do Brasil serão contemplados com oficinas. Além de Alagoas, Bahia e Ceará devem receber as equipes e conhecer a metodologia de intervenção do projeto, com base em experiências exitosas implantadas nas cidades do Recife (PE) e de Campina Grande (PB).
“Serão 16 horas de oficinas. Na manhã desta terça, houve a sensibilização dos gestores e, à tarde, uma oficina de práticas pedagógicas. Nesta quarta-feira, acontece uma oficina prática para estimulação de crianças no ambiente domiciliar e escolar. Nós, então, deveremos encerrar nossas atividades no Estado”, acrescenta a consultora.
O reitor da Uncisal, professor Henrique Costa, lembra que a universidade é referência em Alagoas no tratamento a pacientes com a síndrome congênita do zika vírus e ressalta que a instituição tem atuado em vários campos no enfrentamento do problema.
“A universidade está fazendo sua parte. A gente atua na pesquisa, para tentar ajudar com inovação e tecnologia; a gente atende as crianças com o problema e temos o Hospital de Doenças Infectocontagiosas, que tem a função de tratar pessoas que tem a doença da zika. Ou seja, a gente participa de um complexo de atendimento a essas pessoas e não poderia deixar de receber com muita alegria o Unicef e Ministério da Saúde, órgãos do Estado e representantes de prefeituras municipais”, observou o reitor.
Conforme o reitor, o trabalho desenvolvido na Uncisal tem apresentado resultados concretos. “O Latec [Laboratório de Audição e Tecnologia], que é comandado pelo professor Pedro Lemos, tem desenvolvido, inclusive, patentes de aparelhos que ajudam a pessoas com deficiência auditiva. Mas nossa preocupação vai além. Nós estamos preocupados em receber com qualidade as pessoas que vêm fazer uso do serviço, tanto é que a gente está preparando uma sala para que as mães que têm seus filhos atendidos pela Uncisal tenham um local adequado para ficar. Estamos buscando avançar não só na ciência, mas no lado social”, destacou Henrique Costa.
O professor Cláudio Soriano destaca que a Uncisal, além de ceder a estrutura física, tem se colocado na condição de parceira da Unicef e do Ministério da Saúde para a disseminação da rede de inclusão. “Nós não estamos apenas sediando o evento, emprestando a estrutura física da universidade. Mas, acima de tudo, estamos nos colocando como parceiros, apresentando os nossos projetos, o nosso corpo de docentes, de pesquisadores e também a nossa vivência. Essa parceria é essencial não só na atenção primária, mas em toda a rede assistencial”.
A professora Adriana Melo ressalta que a universidade assumiu o protagonismo no tratamento da microcefalia em Alagoas desde 2015. “Quando houve o surto da microcefalia, a Secretaria de Estado da Saúde convidou a Uncisal para ser o centro de referência no atendimento precoce dessas crianças, pelo fato de a gente já ter a expertise e pelo fato de nós termos associado o ensino, à pesquisa e à assistência”, conclui.
Fonte: Agência Alagoas
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