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Inove / Danilo Rocha

Quem é Danilo Rocha? Sócio Contador da Inove Soluções Contabilidade e Consultoria, bacharel em contabilidade pela UNEAL, Esp. Em Docência do Ensino Superior, MBA em Controladoria e Gestão financeira e Acadêmico de Economia na UFAL.
03/07/2017 08:51:08
Programa Especial de Regularização Tributária 2017

 Adesões podem ser feitas até 31 de agosto de 2017.


Caros leitores,

Uma ótima notícia foi divulgada no site da Receita Federal do Brasil no início desse mês. Trata-se do Programa Especial de Regularização Tributária (PERT), que promete desafogar empresas mergulhadas em dívidas devido à crise econômica. O PERT 2017 é uma oportunidade que as empresas inadimplentes têm de regularizar a situação fiscal e “voltar à normalidade”.


Há quem acredite que o texto poderia ser melhorado com o alargamento do prazo de pagamento. “Talvez a principal alteração fosse do prazo”, afirma o advogado tributarista Rafael Korff Wagner, vice-presidente do Instituto de Estudos Tributários (IET), que defende um prazo de 240 meses, contra os 180 da proposta.


Pelas regras do programa, os contribuintes poderão liquidar dívidas perante a Receita Federal e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional vencidas até o dia 30 de abril de 2017.


A adesão ao PERT poderá ser feita mediante requerimento a ser efetuado até o dia 31 de agosto de 2017 e abrangerá os débitos indicados pelo sujeito passivo, na condição de contribuinte ou responsável, mesmo que se encontre em discussão administrativa ou judicial, desde que o contribuinte desista previamente do contencioso. Da mesma forma, o contribuinte poderá incluir neste programa as dívidas que já tenham sido incluídas em outros parcelamentos.


Aderindo ao programa, o contribuinte se compromete a pagar regularmente os débitos vencidos após 30 de abril de 2017, inscritos ou não na Dívida Ativa da União, e a manter a regularidade das obrigações com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS.


A adesão implica confissão irrevogável e irretratável dos débitos indicados para compor o PERT, ficando vetada a inclusão do débito em qualquer outra forma de parcelamento posterior, exceto em pedido de reparcelamento ordinário.


O PERT possibilita ao contribuinte optar por uma dentre quatro modalidades:


1 – Exclusiva para débitos na Receita, o contribuinte pode optar pelo pagamento à vista, com, no mínimo, 20% de entrada e o restante a ser quitado com créditos de prejuízo fiscal e Base de Cálculo Negativa da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) ou outros créditos próprios de tributos administrados pela Receita Federal, sem reduções, podendo parcelar o eventual saldo em até 60 meses;

 

2 – Para débitos na Receita e na Procuradoria da Fazenda Nacional, a opção pode ser pelo parcelamento em 120 prestações, sem reduções, sendo:


· 0,4% da dívida nas parcelas 1 a 12,
· 0,5% da dívida nas parcelas 13 a 24,
· 0,6% da dívida nas parcelas 25 a 36,
· parcelamento do saldo remanescente em 84 vezes, a partir do 37º mês;

 

3 – Também para débitos na Receita e na Procuradoria da Fazenda Nacional, pode ser feita opção pelo pagamento de 20% em 2017, em 5 parcelas, sem reduções, e o restante em uma das seguintes condições:


· quitação em janeiro de 2018, em parcela única, com reduções de 90% de juros e de 50% das multas; ou
· parcelamento em até 145 vezes, com reduções de 80% dos juros e de 40% das multas; ou
· parcelamento em até 175 vezes, com reduções de 50% dos juros e de 25% das multas, com parcelas correspondentes a 1% sobre a receita bruta do mês anterior, não inferior a 1/175.


4 – Por fim, para dívidas inferiores a R$ 15 milhões no âmbito da Receita e da Procuradoria da Fazenda Nacional, o contribuinte pode optar pelo pagamento de 7,5% em 2017, em 5 parcelas, sem reduções, e o restante a ser quitado em uma das seguintes condições, com utilização cumulativa, nesta ordem de reduções de acréscimos e o aproveitamento de créditos:


· Pagamento integral em janeiro de 2018, com reduções de 90% de juros e de 50% das multas e utilização de créditos de Prejuízo Fiscal e Base de Cálculo Negativa ou outros créditos próprios de tributos administrados pela Receita Federal; ou
· Parcelamento em até 145 vezes, com reduções de 80% dos juros e de 40% das multas e utilização de créditos de Prejuízo Fiscal e Base de Cálculo Negativa ou outros créditos próprios de tributos administrados pela Receita Federal; ou
· Parcelamento em até 175 parcelas, com parcelas correspondentes a 1% sobre a receita bruta do mês anterior, não inferior a 1/175, com reduções de 50% dos juros e de 25% das multas e utilização de créditos de Prejuízo Fiscal e Base de Cálculo Negativa ou outros créditos próprios de tributos administrados pela Receita Federal.


No caso da PGFN, não se aplica a esta modalidade 4 a utilização de créditos de Prejuízo Fiscal e Base de Cálculo Negativa, sendo substituída pela possibilidade do oferecimento de bens imóveis para a dação em pagamento.


Nas modalidades permitidas, admitem-se créditos de prejuízos fiscais e de base de cálculo negativa da CSLL apurados até 31 de dezembro de 2015 e declarados até 29 de julho de 2016:


· próprios ou do responsável tributário ou corresponsável pelo débito;
· de empresas controladora e controlada, de forma direta ou indireta, ou
· de empresas que sejam controladas direta ou indiretamente por uma mesma empresa, em 31 de dezembro de 2015, domiciliadas no País, desde que se mantenham nesta condição até a data da opção pela quitação.


Os valores dos créditos decorrentes de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa da CSLL serão determinados por meio da aplicação de alíquotas definidas na referida medida provisória. O deferimento do pedido de adesão ao PERT fica condicionado ao pagamento do valor à vista ou da primeira prestação, que deverá ocorrer até 31 de agosto de 2017.


Enquanto a dívida não for consolidada, o sujeito passivo deverá calcular e recolher o valor à vista ou o valor equivalente ao montante dos débitos, objeto do parcelamento dividido pelo número de prestações pretendidas. O valor mínimo de cada prestação mensal será de R$ 200,00 para o devedor pessoa física e de R$ 1 mil para a pessoa jurídica.

 


A Receita Federal e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional editarão, os atos necessários à execução dos procedimentos do PERT.

 

Fonte: Receita Federal do Brasil.

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