Editorias
A Semana da Pessoa com Deficiência este ano prolongou suas atividades e discussões durante todo o mês, por isso foi intitulada de “Agosto Verde”. Em Arapiraca, na quarta-feira (31), a mesa de debates acerca do assunto formada no Planetário e Casa da Ciência da cidade contou com a participação da Metodologia Liga Pela Paz para falar sobre inclusão a partir de sua perspectiva.
A metodologia, que tem como foco a Educação Emocional e Social, implantada na rede municipal de ensino arapiraquense, por meio de uma parceria entre Secretaria de Estado de Prevenção à Violência (Seprev), prefeitura e organização Inteligência Relacional, também tem em suas atividades psicopedagógicas a inclusão como grande aliada na construção de uma sociedade menos excludente e mais unificadora e que reconheça a singularidade na diferença.
Na apresentação da Metodologia Liga Pela Paz, Maíse Cordeiro, coordenadora regional polo Nordeste falou para a plateia de coordenadores e diretores escolares de Arapiraca sobre a importância de ensinar e aprender com a diversidade e de como ampliar a compreensão. Ela ressaltou a importância de considerar a parte e o todo, algo necessário para o pensamento, já que tudo é complexo e plural, como assinala o sociólogo e filósofo Edgar Morin, o maior influenciador da metodologia.
"Existem dores que causam sofrimento e dificultam o relacionamento entre as pessoas. Nós nos sensibilizamos mais com aquilo que é visível, mas é importante nos sensibilizar com as deficiências que a gente não enxerga, as emocionais. Existem muitas pessoas com emoções ‘engessadas’ e que precisam de acolhimento e inclusão”, disse Maíse.
Metodologia
Antes do programa de Educação Emocional e Social ser implantado em Arapiraca, a inclusão já era trabalhada no dia a dia escolar das crianças. Mas, segundo Thammy Cristina de Oliveira, diretora da Escola de Ensino Fundamental em Tempo Integral José Ursulino Malaquias, no bairro Senador Nilo Coelho, a metodologia e a turminha da Liga Pela Paz, como a cadeirante “Liz”, chegaram para despertar de maneira especial o olhar de acolhimento à diversidade. A personagem representa “a liberdade para ser feliz” e dança ao som de “que tudo o quanto é diferente termina por mostrar para gente que a gente pode ser melhor”.
“Todos nós temos as nossas limitações, nossos medos e deficiências. A deficiência do colega não deve determinar a exclusão dele, mas o seu acolhimento. A Liga Pela Paz veio para contribuir também com isso. Depois que a metodologia foi implantada, notamos o cuidado maior que nossos alunos estão tendo com a deficiência dos coleguinhas”, conta Thammy.
Ao todo, a Escola José Ursulino Malaquias tem nove alunos com deficiência, dentre elas físicas e mentais. São mais de 400 alunos, do 1º ao 5º ano, divididos em três turnos, sendo à noite Educação de Jovens e Adultos (Eja).
E como bem disse a aluna do 5º “A”, Jamile Rodrigues da Silva, de 10 anos, os seres humanos devem abraçar uns aos outros. “Temos que ajudar e cuidar de nossos amigos com deficiência, porque não somos melhores que eles. Nós temos que ter amor por eles”, finaliza.
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