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Conduzido pela proposta de propagar a diversidade cultural e manter vivas as tradições dos povos alagoanos, o Comitê Técnico de Políticas Intersetoriais para o Desenvolvimento dos Povos Tradicionais, em parceria com o Instituto de Terras de Alagoas (Iteral), apoiou a realização dos Jogos Indígenas Koiupanká. Em sua 5° edição, o evento reuniu oito aldeias representantes do estado durante três dias de atividades no município sertanejo de Inhapi.
No palco da Arena Towê, que significa espaço de festa e celebração, os índios protagonizaram um momento de reconhecimento e valorização às riquezas dos povos. Entre as 15 modalidades praticadas, as aldeias apresentaram seus rituais característicos e celebraram as grandes simbologias das suas comunidades como a competição de tacape, cabo de força, corrida de cesto, arco e flecha, zarabatana, badoque, arremesso de peteca e estilingue.
Inspirado nos jogos escolares da comunidade indígena de Koiupanká, o evento conta com uma dinâmica bem característica: mesclando atividades da cultura tradicional com o contexto da cultura dos povos ditos brancos. A ideia é incentivar os processos de transmissão de saberes e práticas entre a população, contribuindo para o fortalecimento das identidades de diferentes comunidades no Estado, como explica a gerente de Articulação Social do Gabinete Civil, Edinilza Lima.
“Pela primeira vez, as demandas das comunidades tradicionais estão sendo ouvidas e assistidas pelo Estado de Alagoas, como parte da conduta de uma nova política de gestão adota pelo governador Renan Filho. Ao apoiar encontros como este, entendemos a importância em promover a interlocução social entre os povos, estabelecer um diálogo mais direto fortalecido por meio de cada órgão e, sobretudo, resgatar as representatividades destas culturas”, salienta a gerente de Articulação Social.
Baseada no desenvolvimento dos princípios de participação entre as comunidades, a 5° edição dos Jogos Indígenas Koiupanká foi comandada pelo espírito da integração. Apesar da classificação em sua nomenclatura, a grande proposta do encontro não era a competição, mas sim, a presença de cada povo se apropriando das próprias tradições com a apresentação de rituais e costumes particulares.
“Os jogos surgiram de um método pedagógico incrementado pela Escola Estadual Indígena Anselmo Bispo de Souza, em Inhapi. Desde o inicio, o objetivo é passar o conhecimento dos mais velhos para todas as gerações. Fizemos uma pesquisa até chegarmos ao desenvolvimento do evento. É um momento muito simbólico, a participação dos atletas indígenas soma ao Estado e traz diversidade, crenças do passado e retalhos da nossa cultura”, ressalta o coordenador de Cultura e Tradições da comunidade, Francisco João da Silva.
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