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Técnicos do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA-AL) realizaram, nesta terça-feira (08), uma oficina de sabão ecológico com comerciantes da Massagueira e Praia do Saco. O projeto pretende minimizar os danos ambientais através da reutilização do óleo de cozinha.
A assessoria da Área de Proteção Ambiental (APA) de Santa Rita esteve no Bar do Beto, localizado na Massagueira de Baixo, realizando treinamento técnico, palestra e a oficina de sabão ecológico com donos de restaurante e barracas da região.
Segundo Alycia Torres, assessora da APA de Santa Rita, o sabão ecológico é produzido com o óleo de cozinha utilizado nos restaurantes e barracas. “A reutilização do óleo pelos próprios donos dos estabelecimentos para confecção e venda do produto, gera economia e renda para a comunidade”, afirma.
Ainda no mês de novembro, a equipe estará novamente na região para fazer a apresentação dos produtos produzidos pelos proprietários dos bares.
Receita
De acordo com Patrícia Alves, consultora ambiental do IMA, para um litro de óleo, são necessários 20mL de essência (cítrica, de preferência), 20mL de glicerina e 200mL de soda cáustica (hidróxido de sódio). Mistura tudo em um recipiente plástico e, depois, coloca em fôrmas plásticas. Após cerca de 24 horas é possível desenformar e utilizar. Para filtrar e retirar os resíduos que vêm no óleo usado, basta usar um pano de prato.
Na confecção do sabão, é preciso ter cuidado com a soda cáustica e o uso de luvas é indispensável. A receita do IMA recomenda o uso de soda cáustica líquida, mas há pessoas que resolvem usar a sólida, que tem maior concentração de pH, símbolo que indica a acidez, neutralidade ou alcalinidade de uma solução aquosa.
Há glicerina na receita porque muitas pessoas utilizam o sabão também para banho.
“Este sabão que fazemos aqui no IMA tem pH 8 e, quanto mais alcalino for, mais vai agredir a pele. O ideal para banho é que o sabão seja neutro, com pH 7. A glicerina diminui a acidez da soda cáustica”, comenta a consultora.
Patrícia Alves previne também sobre o uso inadequado de corante: “Se eu estou tirando o óleo da natureza, porque vou usar outro produto prejudicial ao meio ambiente? As pessoas podem usar o corante natural, mas ele é muito caro e normalmente visitamos comunidades carentes, onde os moradores não têm condições de fazer esse investimento. Então, indico que essas pessoas esqueçam o corante.”
Além de sabão, com o óleo usado é possível produzir biodiesel, tinta óleo e ração para animais. A população pode acumular os óleos usados em garrafas pet e doar para instituições que reutilizam na produção de artigos não poluentes.
O Instituto do Meio Ambiente de Alagoas recebe doações de óleo usado. Para saber mais, ligue para (82) 3315.1732 ou nos visite no endereço Av. Major Cícero de Góes Monteiro, 2197 – Mutange.
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