Editorias
Foi na comunidade Muquém, de remanescentes quilombolas de União dos Palmares, que a primeira-dama de Alagoas, Renata Calheiros, visitou um polo de produção artesanal do Estado.
O propósito foi conhecer o trabalho em cerâmica desenvolvido pelas mestras Irinéia e Marinalva, que há décadas modelam o barro e produzem peças que contam parte da história e costumes do povo daquela região.
A visita foi acompanhada por técnicos da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur). As artesãs apresentaram o modo de produção, forma de comercialização e divulgação dos trabalhos das mestras e de outros artesãos do povoado Muquém.
“O Estado tem interesse em preservar nosso patrimônio artístico e buscar as melhores alternativas de divulgação. Estamos visitando todos os polos de produção artesanal para identificarmos o que está sendo produzido por nossos mestres. Aqui em Muquém a arte é surpreendente e ainda mais enriquecedora, devido ao seu contexto histórico e cultural”, disse Renata Calheiros.
Para mestra Irinéia, a iniciativa do Governo do Estado, na pessoa da primeira-dama, e com o apoio da Sedetur, mostra a valorização do trabalho artesanal da comunidade. “É importante que povo venha conhecer o que fazemos, e que nosso trabalho também seja divulgado pelo mundo. Sozinho não dá para a gente fazer isso”, afirmou a mestra, que é considerada patrimônio vivo de Alagoas.
Gerações de Artesãs
Dona Irinéia conta com o apoio do esposo, seu Antônio Nunes, artesão, e de filhas e netas, que também produzem peças de barro. A parceria familiar também é vista no ambiente de produção de panelas e tachos de Dona Marinalva, que há mais de 50 anos modela estes utensílios, como já fazia suas gerações passadas. “Agora vejo meus netos, que já me acompanham quando venho queimar o barro”, conta mestra Marinalva.
Segundo a primeira-dama, é imprescindível orientar as novas gerações sobre a importância de preservar a história dessas mestras. “Conscientizá-los que aqui não é apenas uma fonte de renda, mas, principalmente, a história cultural do seu povo”, avaliou Renata Calheiros.
Na visão da superintendente de Desenvolvimento Regional da Sedetur, Gisele Mascarenhas, o povoado de Muquém possui um rico acervo de mestres, como Irinéia e Marinalva.
“Temos uma produção singular de peças raras e cheias de identidade, mundialmente reconhecidas e valorizadas. Queremos a valorização do artesanato alagoano, desta arte única e singular dos nossos mestres”, disse a superintendente.
“A primeira-dama está construindo um novo olhar para o artesanato alagoano, com muita simplicidade e simpatia. Hoje, os artesãos se sentem muito mais valorizados e acreditam no saber fazer”, concluiu Gisele Mascarenhas.
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