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O Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural Sustentável de Alagoas (Emater-AL) continua promovendo o desenvolvimento sustentável da agricultura alagoana. Ontem, terça-feira (16), 12 famílias da comunidade quilombola de Tabacaria, em Palmeira dos Índios, no Agreste do Estado implantaram uma horta orgânica comunitária, com auxílio dos técnicos da Emater.
A assistente social e extensionista da Emater-AL, Dayana Marques, conta que a implantação da horta surgiu após a realização de um Diaginóstico Rural Participartivo (DRP) ferramenta de identificação das fragilidades e do potencial de grupos, que constatou a necessidade.
“O DRP permitiu que nós identificássemos o interesse dos quilombolas no plantio de hortaliças, mas que eles tinham dificuldade de iniciar o trabalho”, explica.
A implantação da horta foi possível após o contato com a Associação de Produtores Rurais de Limoeiro de Anadia (Asprolimo), entidade que recebeu assistência da Emater para sua formalização em 2011, quando contava com apenas 12 associados e continua recebendo apoio técnico para produção e que hoje tem cerca de 200 famílias inseridas na associação.
A Asprolimo doou mudas de alface, coentro, pimentão e cebolinha e a Emater conseguiu as ferramentas para produção como tela de proteção, enxadas, bandejas para armazenamento das mudas e plantadeiras manuais. A Emater, o representante da comunidade quilombola e o presidente da Asprolimo assinaram o termo de doação, durante a implantação da Horta.
“Além de receber os materiais e as mudas, o grupo de quilombolas pôde trocar experiências com os agricultores da Asprolima e vão continuar recebendo assistência da Emater. Eles aprenderam como fazer o cultivo das hortaliças orgânicas, no preparo e melhoria do solo, técnicas de combate a pragas. É a união do saber popular do homem do campo e o técnico, por meio da Emater em prol da melhoria da renda e da qualidade de vida dessa população que é muito carente”, afirma o assistente social e coordenador do atendimento aos povos tradicionais pela Emater-AL, Guilherme Menezes.
A expectativa, ainda de acordo com Guilherme, é que o grupo comercialize seus produtos ainda este ano e que mais famílias quilombolas se juntem ao trabalho na horta ou que sejam formados outros grupos de trabalhos como de criadores de animais de pequenos porte, já que as áreas das famílias são pequenas e de artesanato, por exemplo, visto que também foram demandas levantadas pela comunidade no DRP.
Associação Quilombola
Um dos pontos que também será trabalhado pela assistência prestada pela Emater-AL será a formalização de uma associação dos quilombolas de Tabacaria. A, até então, Associação de Desenvolvimento da Horticultura dos Agricultores e Agricultoras Quilombolas de Tabacaria, quando formalizada, vai permitir que o grupo tenha acesso às políticas governamentais como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), garantindo assim renda para as famílias associadas.
“Esperamos ter melhoria de vida. É o momento de resgate histórico dos nossos antepassados, que plantavam o próprio alimento, sem o uso de venenos e tinham uma vida longa. Nossos avós passaram todos dos cem anos de idade, então, nós vamos usar inseticidas naturais. A presença da Emater está sendo muito boa, ver o pessoal jovem com disposição para querer ajudar com o que dá certo”, comemora o agricultor e futuro presidente da Associação Quilombola, Aloísio Caetano da Silva.
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