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10/11/2017 14:16
Cidades
Sindicalistas e movimentos sociais realizam protesto
Manifestantes são contra a reforma trabalhista sancionada em julho pelo presidente Michel temer / (Foto: Amanda Falcão)

Manifestantes de várias centrais sindicais e movimentos sociais realizaram um ato de protesto na manhã desta sexta-feira, 10, contra a reforma trabalhista que entra em vigor a partir deste sábado, 11, em todo o país. Protestos iniciam da Praça Sinimbu e seguem até o Palácio República dos Palmares.

 

 

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal), Consuelo Correia, explica que o protesto tem como objetivo chamar a atenção da população para ir às ruas contra a reforma trabalhista e também para colher assinaturas a fim da revogação da aprovação. “Não perdemos a esperança de derrubá-la [a reforma trabalhista]. Já colhemos assinaturas em todos os municípios alagoanos e o país inteiro buscou o abaixo-assinado pela anulação da reforma”, explicou ela que diz esperar mais de cinco mil pessoas durante o ato em todo o Estado.

 

 

Reforçando o comentário da Consuelo, a presidente da Central Única dos Trabalhadores em Alagoas, Rilda Alves, disse que a CUT nacional já conseguiu colher 1 milhão e 300 mil assinaturas para revogar a nova lei trabalhista sancionada pelo presidente Michel Temer. “Encabeçamos o projeto e amanhã entraremos no congresso pedindo a anulação da reforma trabalhista. Não é porque ela foi aprovada que cruzaremos os braços, pois agora temos mais motivos para estar nos mobilizando. Nós sabemos o poder de um empregador e de um empregado e quem sai perdendo nele. Se um empregado não atender as exigências do patrão, ele pode até perder o emprego”, disse Rilda Alves.

 

 

 


 

Perdas de direitos

 

 

Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos de Alagoas (Sintec), Altanes Holanda, o trabalhador prede muito com a nova lei trabalhista. “Todas as mais de cem alterações da CLT [Consolidação das Leis de Trabalho] trazem prejuízos ao trabalhador como a jornada de trabalho flexível, expor gestantes ao risco de problemas de gestação em trabalho insalubre, redução do tempo de almoço e entre vários outros”, disse Altanes.

 

 

As principais mudanças da reforma são, dentre outros, o fim do imposto sindical obrigatório, o parcelamento das férias, a jornada diária de trabalho ao qual o texto regulamenta a jornada de 12 horas, que terá que ser seguida por 36 horas ininterruptas de descanso ao qual pode ser negociado entre o patrão e o empregado com força de lei, e a demissão em acordo, onde o trabalhador pode ficar sem o direito ao seguro-desemprego.

 

 

A nova lei foi sancionada pelo presidente Michel Temer no dia 13 de julho deste ano para entrar em vigor 120 dias após a sanção. Na época, temer falou que ninguém tinha a ousadia" de fazer a reforma.

 

 

Além de Maceió, estão ocorrendo manifestações também nos municípios de Arapiraca, Palmeira dos Índios, Água Branca e Delmiro Gouveia. A manifestação também atinge nível nacional. Estiveram presentes durante o ato a CUT, Sinteal, Sintec, Movimento Sem Terra (MST), Via do Trabalho, Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Alagoas (Fetag), o Sindicato dos Bancários de Alagoas e dentre outras centrais sindicais e movimentos sociais de Alagoas.

 

 

 

 

Fonte: Cada Minuto

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