Editorias
Um retrato traz uma ponte para o imaginário. Isto porque ele é sempre um pedaço da realidade. Tomamos este recorte como a parte pelo todo. Seja nas nossas relações interpessoais, seja no nosso olhar para o que coexiste em nosso redor.
Assim, a artista arapiraquense Izabella Vitória pretende emoldurar a nossa experiência visual em sua mais nova mostra de artes plásticas. Mas essa moldura pode-se abrir, sempre.
Há uma captura sutil de reencantamento do mundo no que é proposto aqui.
A exposição “Retrato Reencanto” estará exclusivamente sendo montada apenas nesta quinta-feira (22), a partir das 19h, na Vila Vinil, na Rua Alan Kardec, bairro Santa Esmeralda, em Arapiraca-AL. A entrada é gratuita.
Além da mostra visual, haverá pocket show com a cantora arapiraquense Maria Eduarda.
REOLHAR
Esse reencontro com o mundo e as nossas tradições parte, também, da luz lançada de volta às mulheres que sempre estiveram aqui.
“O intuito dessa exposição é instigar uma inspiração emancipatória e de pertencimento no imaginário popular através da criação de um cenário onde mulheres e mestras da Cultura Popular Alagoana fossem ressaltadas, ilustrando suas revoluções individuais como força propulsora coletiva e tecendo, desse modo, o desejo de um mundo possível e distante das opressões sociais. Um reencantamento do mundo. Acho as histórias dessas mulheres muito importantes — coisa que eu queria ter aprendido na época em que estava ainda na escola. Hoje posso dividir o pouco que aprendi com elas, a partir desse reolhar, desse retrato”, pontua a artista plástica.
É nesta perspectiva que Izabella Vitória homenageia personalidades da nossa Cultura Alagoana, como a destaladeira de fumo e compositora Mestra Rosália; a artesã Sil da Capela; a Mestra Traíra, do Mané do Rosário; a Joana Gajuru, entre tantas outras mulheres.
A expo “Retrato Reencanto” é apoiada pela Secretaria de Estado da Cultura de Alagoas (Secult), através da Lei Aldir Blanc.
SOBRE IZABELLA VITÓRIA
Artista multimídia, vive e desenvolve seu trabalho artístico em Arapiraca-AL com pesquisa focada no fazer artesanal e experimental. Trabalha com diferentes materiais e suportes (inclusive, a tatuagem), tendo a pintura como linguagem central em sua produção recente.
Teve sua primeira exposição individual "Casa de Passagem" realizada em 2019, a partir de um projeto em colaboração com o Abrigo Maria das Neves, situado em Arapiraca-AL.
Colaborou com artistas e produções entre feiras e festivais de arte e cinema, com obras visuais e audiovisuais, e assinou capas de álbuns musicais, cenários, indumentárias e produção de arte para clipe musical.
Assina a direção dos curtas-metragem "O Canto", financiado pela Agência Nacional de Cinema (Ancine) e produzido pela Céu Vermelho Fogo Filmes, e "O Funeral de Amarilis", produção independente apoiada pela Lei Aldir Blanc, em etapa de finalização.
Codirigiu o documentário "Ana Terra" (2019) e colaborou nas produções "Nós Duas" (2021), dirigida por Leandro Alves e Wellima Kelly, e "A Fresta" (2022), dirigida por Nilton Resende.
Fundou o Ateliê Agrestina em 2018 e realizou duas edições da MAMA - Mostra de Arte das Mulheres Alagoanas, em 2020 e 2022.
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