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As autoridades das Filipinas retomaram nesta segunda-feira (17) os trabalhos de busca e resgate de cerca de cem pessoas presas em uma mina em Itogon, no norte do país, soterrada por lodo após a passagem do tufão Mangkhut no sábado pelo país.
O prefeito de Itogon, Victorio Palangdan, confirmou hoje para a imprensa que, por enquanto, há 34 mortos, mas teme-se que haja pelo menos entre 40 e 50 pessoas presas no local, por isso que o número total de vítimas pode atingir uma centena.
As fortes inundações e os deslizamentos de terra causados pelo maior tufão do ano soterraram a mina e quatro barracões onde viviam os mineradores, que ignoraram as advertências da Polícia antes da chegada do Mangkhut, segundo Palangdan.
"Pensaram que a área era segura e a transformaram em um centro de evacuação para si próprios. As autoridades tentaram convencê-los de que se fossem embora, mas rejeitaram o aviso", explicou o prefeito em declarações a uma rádio local.
Dois mineradores conseguiram escapar do deslizamento de terra arrastando-se por um túnel da mina, instalação que segundo as autoridades estava fechada desde 2009, embora alguns trabalhadores a explorassem de maneira ilegal.
Segundo a última apuração provisória da Polícia Nacional, as vítimas do Mangkhut em todo o país já são pelo menos 65, embora não esteja claro se nesse dado se inclui as 34 vítimas confirmadas em Itogon ou só algumas.
Destruição na China
Após a passagem do supertufão pelas Filipinas, o Mangkhut deixa um rastro de destruição na China. O tufão atingiu a província de Guangdong com ventos de 160 km/h, de acordo com a agência de notícias Associated Press.
A emissora de televisão estatal informou que duas pessoas morreram e 15 ficaram feridas na província. Ondas inundaram um hotel à beira-mar na cidade de Shenzhen.
Espera-se que Mangkhut se dirija para o oeste, na direção da província chinesa de Guangdong, e de Macau.
Antes da chegada do Mangkhut, a China ordenou a retirada de pessoas de áreas de risco do sul do país, suspendeu os serviços de trem de alta velocidade e suspendeu aulas. Segundo a mídia estatal, 2,45 milhões de pessoas foram realocadas na província de Guangdong e 50 mil barcos voltaram aos portos.
O Observatório de Hong Kong emitiu no domingo alerta máximo por causa da chegada do tufão Mangkhut, que apresenta uma grande "ameaça" para a cidade, assim como para várias províncias do sudeste de China.
Fonte: G1
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