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Em abril, um homem russo de 36 anos tentou se passar por um brasileiro para conseguir um estágio no Tribunal Penal Internacional, em Haia, na Holanda.
Os serviços de inteligência holandeses perceberam o que estava acontecendo e o deportaram para o Brasil.
Sergey Vladimirovich Cherkasov, o espião russo, criou uma identidade como brasileiro durante mais de dez anos. Em seus documentos brasileiros, ele se apresentava como Viktor Muller Ferreira, de 33 anos.
Segundo o "The Guardian", o espião faz parte de um programa da Rússia de "ilegais", um esquema do governo russo que existia na época da Guerra Fria e foi restaurado por Vladimir Putin pelo qual os agentes criam uma identidade falsa em um novo país.
Em abril, ele viajou para a Holanda, porque achou que tinha conseguido o estágio no Tribunal Penal Internacional pela identidade de Viktor Muller Ferreira.
No entanto, as agências de inteligência de países do Ocidente já sabiam que ele, na verdade, é um russo a serviço da GRU, o órgão de espionagem dos militares russos.
Quando ele chegou para assumir seu posto, foi detido por agentes da imigração da Holanda e enviado de volta para o Brasil.
A história foi divulgada nesta quinta-feira (16).
Segundo as autoridades holandeses, ele alegou que queria entrar na sede do Tribunal Penal Internacional para investigar supostos crimes de guerra cometidos na Ucrânia.
"O AIVD (os serviços de inteligência holandeses) considera [a presença do homem na Holanda] uma ameaça à segurança nacional e alertou o serviço holandês de imigração e naturalização em um relatório oficial", disse a agência.
"Por esses motivos, o agente de inteligência foi impedido de entrar na Holanda em abril" e foi expulso para o Brasil no primeiro voo, disse o AIVD. O Tribunal Penal Internacional foi informado do caso.
Crimes de guerra
O Tribunal Penal Internacional realmente está atualmente investigando supostos crimes de guerra cometidos na Ucrânia desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro.
Nem a Rússia nem a Ucrânia são membros do tribunal, mas Kiev aceitou a jurisdição do Tribunal e está trabalhando com a Promotoria na investigação de possíveis crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos em território ucraniano.
Fonte: G1
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