24/11/2024
28ºC Maceió, AL Parcialmente nublado
(82) 99699-6308

Notícias

19/10/2016 16:30
Mundo
ONU diz que breve trégua no Iêmen servirá para levar ajuda humanitária
Para Unicef, 1,5 milhão de crianças estão em situação nutricional crítica
Garota chora ao saber da morte do pai em um bombardeio no Iêmen / Foto: Khaled Abdullah/Reuters
G1

A ONU disse nesta quarta-feira (19) que o cessar-fogo de 72 horas no Iêmen, a partir desta meia-noite (horário local), permitirá levarajuda humanitária em determinadas regiões que permaneceram isoladas nos últimos meses.

 

 

Avaliações conjuntas do Unicef e da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que pelo menos 1,5 milhão de crianças estão em uma situação nutricional crítica.
"Esperamos que todas as partes respeitem plenamente a cessação das hostilidades, que ela se prolongue por mais 72 horas e que seja o início de um reatamento das negociações de paz", disse o coordenador humanitário da ONU para o Iêmen, Jamie McGoldrick.


Em entrevista coletiva desde a capital iemenita "Sana", McGoldrick afirmou que Taiz, no oeste, e Áden, a maior cidade portuária do sul do país, são dois locais aos quais as equipes esperam ter rápido acesso humanitário.


Apesar da trégua, há registros de combates em várias áreas. O conflito se intensificou há 16 meses, quando uma coalizão militar árabe liderada pela Arábia Saudita iniciou ataques contra os rebeldes houthis para recolocar no poder o presidente Abdo Rabbo Mansour Hadi.


Para o coordenador humanitário da ONU, a situação do Iêmen é tão catastrófica como a de outros conflitos, mas não recebe a atenção merecida da comunidade internacional nem da imprensa.


"Além do conflito, há outras razões para o sofrimento do povo iemenita: a economia formal entrou em colapso, o desemprego é alto, e o Banco Central não paga os salários dos mais de 1 milhão de funcionários públicos há três meses", afirmou.


Com a economia enfrentando uma situação crítica, McGoldrick explicou que poucos produtos essenciais estão sendo importados, gerando uma grande escassez de combustíveis e remédios.


"Essa situação aumenta a segurança alimentar. Os níveis de desnutrição detectados em algumas partes do país são astronômicos", revelou o representante da ONU no Iêmen.


McGoldrick afirmou que o surto de cólera que surgiu no país é um triste exemplo de como o conflito contribuiu para aumentar o sofrimento das pessoas, já que os combates destruíram infraestruturas de água e saneamento.


Por isso, a ONU trabalha de forma prioritária no Iêmen para fornecer alimentos, serviços de saúde e saneamento para cerca de 4 milhões de pessoas.

 

 

Comentários

Utilize o formulário abaixo para comentar.

Ainda restam caracteres a serem digitados.
CAPTCHA
Compartilhe nas redes sociais:

Utilize o formulário abaixo para enviar ao amigo.

Mundo