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O presidente russo Vladimir Putin disse nesta sexta-feira (27) que convidou seu colega americano, Donald Trump, a visitar Moscou e que está disposto a ir aos EUA.
Falando a repórteres durante a cúpula dos Brics, na África do Sul, Putin afirmou que os dois líderes estão prontos para realizarem mais reuniões, mas que as condições precisam ser as corretas para que uma nova cúpula aconteça.
"Com relação às nossas reuniões, eu entendo muito bem o que o presidente Trump disse. Ele tem o desejo de ter mais reuniões, realizar novas reuniões. Estou pronto para isso. Precisamos que as condições apropriadas existam, sejam criadas, inclusive em nossos países", disse.
"Estamos prontos para essas reuniões. Estamos prontos para convidar o presidente Trump a Moscou. A propósito, ele já tem esse convite", acrescentou. "Estou pronto para ir a Washington. Repito mais uma vez, se as condições certas para o trabalho forem criadas."
Putin e Trump se encontraram pela primeira vez no dia 16 de julho em Helsinque, na Finlândia. Ao voltar aos EUA, o presidente americano foi duramente criticado por respaldar a afirmação de Putin de que a Rússia não interferiu nas últimas eleições americanas, contrariando indicações da Inteligência americana.
Em referência à essa reação, Putin disse: "Apesar das dificuldades, neste caso particular as dificuldades ligadas à situação política interna nos Estados Unidos, a vida continua e nossos contatos continuam."
O presidente russo afirmou que as ligações telefônicas entre Moscou e Washington não bastam e que os dois lados precisam se encontrar para falar sobre temas como o programa nuclear do Irã, conflitos no Oriente Médio e tratados de controle de armas.
Putin disse que, enquanto isso, é possível que ele e Trump se encontrem à margem da cúpulas do Grupo dos 20, ou durante outros eventos internacionais.
Na semana passada, Trump disse que esperava receber Putin nos EUA ainda neste ano. No entanto, o convite foi adiado para 2019 por conta da investigação especial conduzida pelo promotor Robert Mueller sobre a interferência russa nas eleições presidenciais de 2016 e a suposta conexão de pessoas ligadas a Trump com a Rússia. O presidente americano acredita que o encontro nos EUA deve acontecer depois que a investigação termine, segundo disse seu assessor.
Fonte: G1
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