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04/08/2016 14:27
Polícia
Craíbas: preso acusado de estuprar a própria filha
Policiais civis deram cumprimento a mandado expedido pela Vara da Infância de Arapiraca
Cledisvaldo José dos Santos, 35 anos, o “Capilé" , acusado de estuprar a filha / (Foto: ASCOM/PC)
Ascom PC/AL

Agentes do 62º Distrito Policial de Craíbas, com apoio da 4ª Regional e do 53ª Distrital de Arapiraca, prenderam na manhã desta quinta-feira (4) Cledisvaldo José dos Santos, 35 anos, conhecido como “Capilé”, acusado de estuprar e torturar a própria filha, que na época do primeiro estupro tinha apenas 9 anos de idade.

 

Os policiais, comandados pelo delegado regional Gustavo Xavier, deram cumprimento a mandado de prisão preventiva, expedida juiz da Vara da Infância da Comarca de Arapiraca. O acusado já foi denunciado pela Promotoria da Infância daquela cidade.

 

A prisão ocorreu por volta das 9h, na Rua Salustiano Nunes, onde o acusado estava escondido na residência de seu irmão, no Centro de Craíbas. Foram quatro meses de investigações que resultaram no indiciamento de Cledisvaldo, que abusou sexualmente da filha durante três anos. A menina está hoje com 12 anos de idade.

 

De acordo com as investigações, Cledisvaldo estuprava a filha em sua residência do acusado e vítima, em Craíbas. Os fatos aconteciam, em média, três vezes por semana na casa a vítima morava também com outros dois irmãos de 13 e 5 anos. A mãe tem problemas psiquiátricos e está internada no Hospital ITA, na cidade de Arapiraca.

 

A menina atualmente reside com a avó materna e, em seu depoimento, afirmou que os estupros, que aconteciam, às vezes, dois dias sim e dois dias não, eram realmente praticados por seu genitor, sempre no horário noturno, quando os irmãos estavam dormindo e, durante o ato sexual, o acusado tirava toda a sua roupa e cometia todos os tipos de abusos.

 

A vítima, que já não mais suportava os abusos sofridos, resolveu contar todo sofrimento para a uma amiga que, chocada, aconselhou-a que contasse tudo a uma pessoa adulta.

 

A garota revelou os fatos para a diretora de sua escola, Cléris Pereira de Lima Silva e também para sua professora de Português, Rosinéia Damasceno, Néia. A direção da escola acionou o Conselho Tutelar da região, que, de imediato, encaminhou a menor à delegacia, para realizar exame de corpo de delito no IML. O laudo confirmou o crime.

 

As investigações revelaram ainda que o denunciado torturava física e psicologicamente a vítima, na intenção da mesma confessar, à força, que se relacionava com colegas da escola, e ocultar os crimes cometidos por ele.

 

A menor já chegou a passar duas semanas sem ir para a escola porque foi proibida pelo acusado. Além disso, ele provocou queimaduras de propósito no corpo da vítima, bem como, às vezes, passava a madrugada mantendo a menina acordada, para que ela dissesse que tinha “paquera” na escola. A coordenadora Cléris e a professora Rosinéia afirmam que a menina jamais se relacionou com meninos na escola.

 

Cléris declarou que a vítima chegou a mostrar lesões cicatrizadas nas pernas, causadas pelo denunciado, assim como revelou que, certo dia, a menina chegou à escola com a mão queimada, aparentemente causada por óleo quente e, ao ser perguntada, afirmou que o próprio pai havia causado a lesão.

 

Após negar a autoria do crime, o acusado foi embora e não voltou mais para casa, até que foi preso.

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