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Exames o Instituto Médico Legal (IML) de Itapeva (SP) comprovaram que o morador de Ribeirão Branco (SP), que atuava há três anos como voluntário em um projeto social na zona rural da cidade, estuprou 15 meninos entre 9 e 11 anos, segundo o delegado da Polícia Civil Lucio Antônio Barbosa.
O homem, de 34 anos, foi preso em 23 de agosto após a Justiça ter decretado mandado de prisão temporária de 30 dias. O delegado afirmou que os exames comprovaram que houve violência sexual na maioria das vítimas.
“Na maioria das crianças foi constatada violência sexual. Em outras, ao menos cinco, constatamos assédio sexual. Não sabemos ao certo quando que os abusos aconteceram, mas até o momento fechamos o número em 15 vítimas. Tem menino que estava com lesão recente nas partes íntimas. Em outros casos os abusos aconteceram há três anos”, explica.
Segundo o delegado, a polícia vai solicitar que a prisão temporária do suspeito seja prorrogada em mais 30 dias até a conclusão do inquérito.
Ainda de acordo com o delegado, é a primeira vez que a cidade registra um caso com mais de 10 vítimas de estupro. “É um caso muito absurdo e nunca tinha acontecido aqui. Até então havia poucos registros de estupros em Ribeirão Branco”, diz.
De acordo com Barbosa, uma das vítimas teria comentado para amigos da escola que o voluntário do projeto teria passado a mão nele e o forçado a fazer sexo. Com isso, os funcionários da escola acionaram os pais da criança e procuraram o Conselho Tutelar.
“Um boletim de ocorrência foi registrado semana passada e, em seguida, outros familiares de crianças que também participaram do projeto também foram até a delegacia”, diz.
Ainda de acordo delegado, as vítimas contaram que o homem oferecia presentes para as crianças e os abusos teriam acontecido na casa dele.
“O homem usava o projeto para se aproximar das crianças. Ele oferecia privilégios e presentes para que eles fossem até a sua casa, onde os abusos eram realizados”, afirma Barbosa.
Ameaças
Segundo a presidente do Conselho Tutelar da cidade, Eliana de Carvalho Rodrigues, as vítimas contaram que o homem entregava presentes aos meninos e dizia que ia matar os pais caso soubessem o que ele tinha feito.
“Ele dizia que, se as crianças contassem, um membro da família iria morrer. Então, elas tinham medo de contar o que aconteciam com elas. Por isso nunca falaram. E, para alguns, ele chegou a dar dinheiro, celular, roupas e sapatos em troca do que ele queria com as crianças.”, diz.
Ainda segundo a presidente, as famílias e os meninos terão acompanhando psicológico para que consigam retomar as atividades diárias.
“Vamos trabalhar através de uma rede com psicólogos e assistentes sociais, que irão atender as crianças para que elas não se sintam constrangidas e abandonadas. Também vamos trabalhar com a família”, diz.
‘Triste’
A mãe de uma das vítimas, que prefere não ser identificada, disse que não desconfiava que seu filho havia sofrido esse tipo de abuso.
Fonte: G1
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