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Uma mulher que se passava por advogada e um homem que atuava como assessor foram presos em flagrante, pela Polícia Civil de Pernambuco, suspeitos de aplicar golpes em 57 aposentados e pensionistas do INSS. As vítimas, segundo a investigação, eram de Alagoas, Pernambuco e de São Paulo.
A prisão do casal, de 62 anos a mulher, e de 42 anos o homem, ocorreu esta semana, na Praia de Porto de Galinhas, em Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife (RM). Os crimes teriam sido praticados nos últimos dois anos.
Apesar da abrangência de locais, eles agiam no bairro de Candeias, em Jaboatão dos Guararapes, na RMR. O homem atuava como assessor e era o responsável por cooptar clientes, enquanto a mulher fingia ser advogada.
Eles procuravam pessoas que tinham algum tipo de benefício para receber do INSS e cobravam em torno de R$ 1 mil e R$ 1.500 pelos serviços, que nunca eram prestados, conforme explicou o delegado Ney Luiz, titular da Delegacia de Porto de Galinhas.
A prisão foi possível, explicou o delegado, porque uma das vítimas do golpe procurou a polícia após ter contratado o serviço e feito um pagamento antecipado na quantia de R$ 500. Ela passou a suspeitar da dupla pelo fato de a suposta advogada não ter apresentado em nenhum momento sua carteira da OAB, mesmo quando solicitada num encontro presencial.
Os policiais foram informados de que haveria um novo encontro para o pagamento do dinheiro restante e acompanharam a vítima. No local, foi feita a abordagem dos suspeitos, sendo conduzidos à delegacia. Com eles, foi apreendido um caderno, onde constam as anotações com dados das 57 vítimas, contendo senha e login do INSS.
O casal foi preso em flagrante, mas ganhou a liberdade após audiência de custódia e deve responder em liberdade pelos crimes de estelionato e associação criminosa. A pena prevista para estelionato varia de 1 a 5 anos e por associação criminosa, de 1 a 3 anos. A polícia ainda investiga uma terceira pessoa suspeita de atuar em conjunto.
“Esse pessoal tem um modo de agir muito específico. Eles sabem conversar, sabem ludibriar. A maioria dessas pessoas são humildes e não têm conhecimento", comentou o delegado, que orienta: "A orientação que a gente dá é sempre procurar um profissional que tenha inscrição na OAB e verificar no conselho da OAB se a pessoa está realmente inscrita. Essa consulta pode ser feita pela internet com o número da OAB do profissional”, disse o delegado.
*com Folha de Pernambuco
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