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Subiu para cinco o número de vítimas fatais do atirador Antonio Ricardo Gallo, de 28 anos, que atentou contra a própria família em Campinas (SP) nesta segunda-feira (30).
Após a constatação da morte do pai, de uma irmã e um vizinho do suspeito, os bombeiros localizaram, no início da tarde, um quarto corpo, que estava carbonizado dentro da casa, no distrito de Sousas, e ainda não foi identificado. A quinta vítima é o atual companheiro de uma ex-namorada de Gallo, que também foi baleada e está internada no HC da Unicamp.
Após matar parte da família, Antonio foi para outro bairro e atirou contra a ex, que está hospitalizada, e o companheiro dela – a quinta vítima -, que foi socorrido em estado gravíssimo com disparos na região da cabeça e acabou morrendo. A morte dele foi confirmada pelo Hospital Celso Pierro da PUC às 13h10.
Em seguida aos disparos, o atirador saiu do local e chegou a ser perseguido pela Polícia Militar quando se matou com um tiro na cabeça, informou a corporação, em um dos acessos da Rodovia Anhanguera. No início da tarde desta segunda-feira, os corpos foram retirados da residência e levados para o Instituto Médico Legal (IML).
Crime e incêndio
A série de mortes ocorreu antes das 6h30 desta segunda. Segundo a EPTV apurou no local, o atirador chegou próximo da casa da família e matou a irmã Ana Cristina Gallo, de 29 anos, que seguia para o trabalho. Em seguida, atirou contra o pai, Antonio Valentim Gallo, de 60 anos, que estava na frente da casa. O vizinho, identificado como Elenilson Freitas do Nascimento, foi morto quando se aproximou para ver o que tinha acontecido. Outra irmã de Antonio, que tem síndrome de down, estava no local com uma criança e as duas foram poupadas.
O corpo encontrado carbonizado estava nos fundos da casa, num quarto menor onde o pai dormia. Segundo os bombeiros, esta vítima estava com um tiro na cabeça, mas não é possível atestar o sexo dela sem exames da perícia.
Segundo a reportagem da EPTV, afiliada da TV Globo, apurou no local, familiares disseram que o corpo pode ser de outra irmã do atirador que estava na casa no momento dos disparos, e se encontra desaparecida.
A tia de Antonio Ricardo Gallo, Maria Cecília Meireles, afirmou que a outra irmã do atirador, que tem síndrome de down e foi poupada pelo homem, passa bem e foi levada para a casa de parentes junto com a criança que estava com ela. O filho de Alexandra Gallo, a irmã que seria uma das vítimas, tem 11 anos e também foi levado para a residência de familiares.
A mulher afirmou que não tinha muito contato com o autor, mas acredita que o motivo das mortes foi uma briga pela casa da família. “O que ele fez foi uma barbaridade, estou chocada até agora”, afirmou Maria Cecília.
Investigação
Dentro do carro, os policiais localizaram dois revólveres calibre 38, com numeração suprimida, 12 cartuchos deflagrados e 26 munições intactas. O suspeito também portava um cinto próprio para o acondicionamento das armas.
Ele já tinha passagens na delegacia e, segundo a EPTV, uma ordem judicial o impedia de se aproximar da família. A Polícia Civil investiga o que motivou os crimes. O caso foi registrado no 12º Distrito Policial como homicídio, feminicídio e suícidio.
A Polícia Civil iniciou, durante a tarde desta segunda, os depoimentos de familiares e conhecidos das vítimas. Segundo os relatos que a investigação já coletou, a motivação do crime indica para uma briga familiar por conta da casa do pai de Antonio, onde ele morava com as filhas. A corporação vai pedir o exame toxicológico do autor dos disparos.
Mortes
As mortes ocorreram próximo da Rua João Maria Batista, em Sousas. A polícia foi acionada após uma moradora do bairro ouvir os disparos.
A casa onde as vítimas estavam foi incendiada pelo atirador e, segundo a PM, não há outros feridos. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o fogo foi combatido rapidamente. Três viaturas foram deslocadas para a ocorrência, e o local do crime foi cercado para o trabalho da perícia.
Suicídio
O corpo do atirador também passou por perícia. Ele morreu dentro do próprio carro, segundo a Polícia Militar. A morte foi constatada pelo resgate do Corpo de Bombeiros, acionado pela PM, logo após ele ter efetuado o disparo.
O acesso da Rodovia Anhanguera para a Avenida Prestes Maia, onde o criminoso morreu, ficou congestionado durante a manhã.
Feridos
As vítimas baleadas foram abordadas em frente a um condomínio no bairro Padre Manoel da Nóbrega e socorridas pelo helicóptero Águia da PM e pelo Samu.
Segundo o Samu, a mulher, de 25 anos, foi atingida no abdome e na cabeça. Ela foi encaminhada para o Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp. O homem, de aproximadamente 28 anos, foi socorrido em estado grave com três ferimentos a bala na região da cabeça e encaminhado para o Hospital Celso Pierro, da PUC. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu no início da tarde.
O HC informou que o estado de saúde da mulher é estável e está sendo avaliado pela equipe de cirurgia da unidade.
Fonte: G1
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