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A Polícia Civil de Alagoas prendeu na manhã de quarta-feira (14) mais um acusado da morte do professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Daniel Thiele, de 35 anos, que desapareceu no dia 20 de setembro, e teve o corpo somente encontrado no dia 6 de outubro em um carro carbonizado, deixado em um canavial no município de Rio Largo. Ele estava no banco traseiro com um arame em volta do pescoço.
André da Silva Firmino, 24 anos, conhecido como “Nego”, foi preso em uma operação que teve a participação de policiais civis da Seção Antissequestro (SAS), da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic) e agentes da Operação Policial Litorânea Integrada (Oplit).
Em depoimento ao delegado Filipe Caldas, da SAS, que comanda as investigações, André Firmino narrou com detalhes como o professor foi atraído para ser assassinado.
Segundo André, no dia 20 de novembro, ele estava em companhia de Cristiano Nascimento Germano, o “Copal” ou “Magro”, e de Thiago Anderson Lima da Silva (que dirigia o carro), em um veículo Gol, cor prata, placa BRC-5879, e tinham o objetivo de roubar um automóvel.
Ele conta que conheceu Cristiano no bairro Santo Amaro, enquanto Thiago Anderson conheceu na cadeia em 2008 ou 2009.
Conforme o depoimento, quando circulavam próximo ao Hospital Universitário (HU), no Tabuleiro, avistaram o carro do professor – um Ford Focus, e emparelharam o carro e deram uma buzinada.
Cristiano, pela versão de “Nego”, já conhecia Daniel Thiele e perguntou para onde ele estava indo, recebendo a resposta que: “para a Ufal”. Ali, os dois desceram dos carros e conversaram por alguns instantes, ocasião em que “Nego” diz ter percebido que Cristiano e o professor teriam um relacionamento homossexual.
Os carros teriam deixado o campus da Ufal, e próximo ao posto BR, em frente a entrada da Forene, ambos pararam e Cristiano desceu e entrou no Focus do professor.
Já em Rio Largo, “Nego” afirma que parou no posto de combustível, após o Frango Lar, para almoçar. Em seguida, Thiago e Cristino seguiram no carro do professor.
Somente à noite, André Firmino diz que encontrou com Cristiano e ambos levaram as rodas roubadas do carro do professor para José Alexandre, o “Sandro”, para que este as vendesse. Do valor da venda, ele diz que receberia R$ 200,00.
“Nego” afirma não saber a quem Cristiano – que ainda permanece foragido – entregou o celular do professor.
No depoimento, André Firmino narra ainda que há cerca de um mês recebeu um telefonema de Cristiano dizendo que eles precisavam se reunir com Felipe “Moita”, pois existia um BO relativo a carro usado na morte da vítima.
Quando chegaram ao posto de combustíveis, perto da Tratoral, no Tabuleiro, foram abordados por policiais que estavam com Felipe “Moita”, este preso. Na ocasião, Thiago Anderson foi detido, pois estava com maconha e arma, enquanto Cristiano e André conseguiram fugir, correndo pelo meio da rua.
André Firmino deve ser também indiciado por tráfico de drogas, associação para o tráfico, e porte ilegal de arma de fogo.
Além dele, também já foram presos: Thiago Anderson, Fabiano da Silva Rocha, vulgo ‘Tucha’ ou ‘Tuchinha’, Luiz Fernando Gonçalves de Oliveira, o “Nenoy”, Anderson da Silva Lima, vulgo ‘Guel’, de 30 anos, que teve participação direta na execução.
Cristiano, conhecido como “Copal” ou “Mago”, continua foragido
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