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07/09/2016 08:45
Polícia
Polícia prende casal por falsidade ideológica e sonegação de impostos
Dupla também é investigada por estelionato e participação em organização criminosa
Casal de estelionatários vinha sendo investigado há um ano / Foto: Ascom/SSP
Agência Alagoas

Uma investigação da Polícia Civil de Alagoas, iniciada há cerca de um ano, resultou na prisão, na segunda-feira (5), de um casal envolvido com a prática de estelionato, falsidade ideológica, organização criminosa e sonegação de impostos.



O caso foi apresentado na manhã desta terça-feira (6), em entrevista à imprensa, na sede da Secretaria de Estado da Segurança Pública de Alagoas (SSP/AL), em Maceió.



De acordo com o delegado Filipe Caldas, da Seção de Antissequestro e Crimes Cibernéticos (SAS) da Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic), José Wagner Gomes Magalhães, 35 anos; e Valdênia de Oliveira Magalhães, de 36, começaram a ser investigados por estelionato e organização criminosa.



Com o aprofundamento das investigações, no entanto, a polícia descobriu que o casal praticou, ainda, falsidade ideológica e sonegação de impostos, crimes já comprovados no inquérito policial. Pelo menos mais quatro pessoas estão sendo investigadas.



As prisões foram efetuadas na residência do casal, situada no condomínio Bernardo Oiticica, próximo ao bairro Jardim Petrópolis, em Maceió, onde também foram apreendidos cerca de 20 cartões de crédito em nome dos acusados, de familiares e de terceiros, além de computadores, pendrives e outros materiais que serviam para a prática dos golpes.



As apreensões servirão ainda para dar continuidade às investigações de estelionato e organização criminosa. Mandados de busca já haviam sido cumpridos no início deste ano na casa dos acusados, que é avaliada em R$ 3 milhões.



Crimes



O crime de falsidade ideológica foi comprovado, uma vez que a polícia constatou, junto aos bancos, a existência de três CPFs no nome da acusada e dois no nome do acusado.



“A abertura de contas com CPFs diferentes foi feita para facilitar a prática de estelionato. Eles trocaram apenas a data de nascimento para dificultar o trabalho da polícia, em caso de descoberta dos crimes”, explicou o delegado responsável pelo caso.



Os dois também sonegaram impostos à Receita Federal. A partir de informações bancárias dos últimos cinco anos, as investigações constataram transações que somam cerca de R$ 2,1 milhões em uma conta-poupança da Caixa, já bloqueada por determinação da Justiça.



Contudo, à Receita Federal José Wagner declarou renda anual de R$ 20 mil e Valdênia Magalhães, de R$ 34 mil. O crime contra a ordem tributária deve ser investigado pela Polícia Federal, em razão dos tributos serem da União.



“As práticas de estelionato ainda estão sendo investigadas, mas o que podemos adiantar é que alguns dos golpes envolvem clonagem de cartões de crédito, falsificação de boletos bancários, crimes digitais, entre outros”, adiantou o delegado Filipe Caldas, informando que o casal pratica estelionato desde 2003.



Patrimônio



A polícia também descobriu que a dupla possui patrimônio incompatível com sua renda anual. José Wager, conforme o delegado Filipe Caldas, trocou, recentemente, uma Mercedes-Benz SLK conversível por uma BMW Z4 Roadster 2016. O acusado comprou ainda um HR-V 2016 para a esposa.



José Wagner também é dono do Residencial Magalhães, na parte alta de Maceió, com dez casas, além de ter um ponto de estabelecimento comercial.



“O estelionato é um crime de pouca repercussão social, mas que lesa muita gente, não só financeiramente, mas, também, psicologicamente. Quem sofre um golpe conhece o quanto é ruim a sensação de ser enganado por pessoas que usam meios para subtrair seus recursos. A prisão da dupla reafirma o compromisso da Segurança Pública no combate à criminalidade”, declarou Lima Júnior.



O diretor da Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic), Mário Jorge Barros, também participou da entrevista coletiva.

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