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Notícias

24/08/2016 09:17
Polícia
Presidentes do PSDB em Goiás e da Saneago são presos em ação da PF
Esquema desviou R$ 4,5 mi em verbas públicas para quitar dívidas políticas
Afrêni Gonçalves, presidente do PSDB-GO, e José Taveira, presidente da Saneago / Foto: Reprodução
G1

A Polícia Federal realiza na manhã desta quarta-feira (24) uma operação para desarticular uma quadrilha responsável pelo desvio de R$ 4,5 milhões em recursos federais por meio da Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago). Segundo as investigações, as verbas eram destinadas ao pagamento de dívidas políticas.

 

A Operação Decantação cumpre 120 mandados judiciais em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Formosa e Itumbiara, em Goiás, além de São Paulo e Florianópolis (SC). Entre os presos estão o presidente estadual do PSDB, Afrêni Gonçalves, e ex-secretário da Fazenda de Goiás e atual presidente da Saneago, José Taveira Rocha.

 

Cerca de 300 policiais participam dos trabalhos, que conta com apoio do Ministério Público Federal e do da Transparência, Fiscalização e Controle, evitou um prejuízo de quase R$ 7 milhões.


No total são cumpridos 11 mandados de prisão preventiva, quatro de prisão temporária, 21 de condução coercitiva e 67 de busca e apreensão na sede de empresas envolvidas e do PSDB em Goiânia, além de residências e outros endereços relacionados aos investigados.


Esquema


Segundo a PF, a investigação apurou que dirigentes e colaboradores da Saneago promoveram licitações fraudulentas, por meio da contratação de uma empresa de consultoria envolvida no esquema criminoso.


Desta forma, recursos públicos federais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), de financiamentos do Bando Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e da Caixa Econômica Federal, foram desviados para pagamento de propinas e dívidas de campanhas políticas.


Ainda segundo a investigação, a consultoria contratada pela Saneago também é suspeita de favorecer empresas que participavam do conluio e que eram responsáveis, posteriormente, por doações eleitorais.

 

Os envolvidos responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, organização criminosa e fraudes em processos licitatórios. Também foi determinado o afastamento da função pública de oito servidores e a proibição de comunicação entre nove envolvidos.

 

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