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06/10/2016 17:20
Polícia
Suspeitos de fraude no INSS tinham padrão de vida acima da renda, diz PF
Ao todo foram cumpridos 22 mandados em Goiás, DF, Piauí e Mato Grosso
Fraude no INSS com uso de documentos falsos ultrapassou R$ 2 milhões / Foto: Vitor Santana/G1
G1

A Polícia Federal divulgou que a quadrilha suspeita de fraudar a Previdência Social usando documentos falsos conseguiu mais de 60 benefícios de maneira irregular. Segundo as investigações, o grupo, formado por 12 pessoas, tinha um padrão de vida muito acima com a renda que tinham, já que a maioria deles trabalhava como autônomo. “O dinheiro obtido com o golpe era uma fonte de renda extra fraudulenta para esses criminosos”, disse a delegada Marcela Rodrigues.


Ao todo são cumpridos 12 mandados de prisão, 8 de busca e apreensão e 2 de condução coercitiva nos estados de Goiás, Piauí, Mato Grosso e Distrito Federal.

 

 

 


As investigações começaram em 2014 após uma denúncia de fraude. Ao todo, o grupo conseguiu obter 62 benefícios sociais, como auxílio doença e amparo social ao idoso. A polícia disse ainda que a quadrilha também deu entrada em seguros-desemprego também usando documentos falsos. O prejuízo é de aproximadamente R$ 2,3 milhões aos cofres públicos.


“Os integrantes são nascidos no Piauí e no Maranhão e falsificavam certidões de nascimento desses estados com nomes falsos para, nos institutos de identificação, darem entrada em RGs, CPFs, títulos de eleitor e, assim, solicitar os benefícios nas agências do INSS”, disse o chefe da Assessoria de Pesquisa Estratégica do Ministério da Previdência Social, Marcelo Ávila.

 

 


Segundo a polícia, uma única pessoa tinha vários benefícios ao mesmo tempo, recebendo como se fosse pessoas diferentes. Em outros casos, os criminosos repassavam os cartões de benefícios para amigos ou familiares. “Como esses nomes são falsos, essas pessoas que constavam nos documentos nunca iam morrer, então o benefício seria eterno para essas pessoas. Com essa operação, evitamos uma fraude de mais de R$ 9 milhões”, disse a delegada Marcela Rodrigues.


Ainda de acordo com as investigações, o grupo se mudava constantemente de lugar e também mudava a cidade onde aplicavam o golpe, para dificultar o trabalho da polícia. “Eles começaram aplicando o golpe em Goiás, aí quando começamos a investigar aqui foram para o Distrito Federal, passaram para o Mato Grosso e tivemos informações que eles iam ainda para o Ceará”, disse a delegada.


Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, a polícia encontrou papeis de carteiras de identidade em branco. Agora, a corporação vai investigar se o material é origina, como ele foi conseguido e se o grupo tem a ajuda de servidores públicos para cometer a fraude.


Os suspeitos vão responder pelos crimes de estelionato, falsificação de documento público e documento particular.

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