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03/03/2018 10:32
Saúde
PAI: Programa do Ipaseal inova com tratamento domiciliar humanizado
Equipe de saúde multidisciplinar do Ipaseal Saúde realiza atendimento diferenciado na casa dos usuários do plano que possuem limitações motoras ou psíquicas Compartilhe: Facebook Twitter
/ Ascom

Eram 14h e o aposentado João de Deus dos Santos, 91, esperava ansiosamente a equipe de saúde multidisciplinar do Programa de Assistência do Ipaseal (PAI). No conforto da sala da sua casa e em companhia da esposa, Maria Alexandre dos Santos, ele recebe os cuidados necessários durante o tratamento domiciliar.

 

 

 

João de Deus é um dos 18 usuários do plano Ipaseal Saúde, assistidos semanalmente por uma equipe de oito profissionais nas áreas da Medicina, Enfermagem, Fonoaudiologia, Psicologia, Nutrição e Fisioterapia.

 

 

O PAI foi criado há cerca de oito meses, com a finalidade de atender em domicílio usuários do plano com limitações motoras e psíquicas, que apresentem dificuldade ou nenhuma condição de se deslocar até o atendimento clínico. Entretanto, uma das suas principais funções é melhorar ou manter a qualidade de vida dos pacientes dentro das suas limitações. É a humanização dos serviços de saúde levados até o usuário.

 

 

De acordo com a coordenadora do programa, Eveline Frota, a ideia do programa é reabilitar com o intuito de melhorar a condição geral do paciente, tornando-o apto ao atendimento clínico. “Mantemos o paciente estável com o objetivo de evitar o agravamento de um quadro que possa evoluir para o internamento hospitalar. Além disso, orientamos toda a família com o intuito de prevenir complicações secundárias”, explica.

 

 

 

 

“Para o usuário ser inserido no PAI é preciso uma série de requisitos. A equipe multidisciplinar do programa recebe uma solicitação do médico. Em seguida realizamos uma avaliação do paciente em sua própria residência. No final é emitido um parecer de cada profissional do PAI. Com isso é traçado um plano de tratamento para o paciente, no qual será definido qual tipo de atendimento que ele terá; os dias e horários”, esclarece Eveline.

 

 

Anjos da guarda

 

 

O aposentado João de Deus é acompanhado por todos os especialistas do PAI. Segundo a esposa, Maria Alexandre, ele é portador do mal de Alzheimer, mas não apresenta nenhum outro problema grave de saúde.

 

 

“Este tratamento em casa foi uma benção. Lembro quando tinha que removê-lo para uma clínica numa cadeira de rodas. O trabalho para colocar dentro de um carro e depois retirar novamente. Fora o tempo de espera no consultório. Com o PAI é diferente, pois o tratamento acontece dentro da nossa casa. Ele melhorou muito após estas visitas domiciliares. Por isso acho a equipe do PAI verdadeiros anjos da guarda”, conta Maria.

 

 

Fisioterapia

 

 

Um dos tratamentos realizados por João de Deus é a fisioterapia. “Trabalhamos com exercícios motores e respiratórios nos membros inferiores e superiores. A duração das sessões dependerá do estado físico e mental do paciente. Geralmente duram, em média. 40 minutos. Às vezes, ele está mais disposto, outras mais sonolento. Utilizamos alguns equipamentos básicos e necessários, como bastões, bolas, faixas elásticas e alteres. O atendimento domiciliar tem este diferencial; é mais completo, cria-se um vínculo com a família e sabe-se mais sobre o histórico do paciente”, relata a fisioterapeuta do PAI, Ilana Correia.

 

 

 

Humanização

 

 

O psicólogo do PAI, Breno Cavalcante, lembra que o diferencial no atendimento oferecido pelo PAI está no trabalho humanizado. “Nossa atenção não se limita apenas ao paciente, mas a toda família. É preciso inseri-los no processo, orientando quanto aos cuidados físicos e psicológicos com o usuário assistido”, conta.

 

 

Segundo o profissional, a família entra no plano terapêutico. “Em alguns casos, notamos que os familiares ficam ansiosos para que haja uma melhora rápida. Muitas vezes isto leva a frustrações e desgastes emocionais, o que influencia diretamente no tratamento, pois, geralmente, eles não sabem lidar corretamente com a situação. Por isso é necessário assistir também os familiares do usuário em tratamento”, ressalta Breno.

 

 

É o caso da família dos usuários João de Deus, José Claúdio de Albuquerque, 76, e Justino Machado, 76. Dione Maria Oliveira, nora de José Cláudio diz que o tratamento feito em domicílio tem vantagens tanto para o paciente quanto para família.

 

 

“Quem ganha mais é o paciente. Tirá-lpo de casa é muito complicado. Este deslocamento torna-se um transtorno para todos os envolvidos. Quando o atendimento é domiciliar tudo se torna mais fácil; um ganho para todos. Só vejo vantagens”, afirma Dione.

 

 

Fonte: Agência Alagoas

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